A Câmara de Palmas segue seu algoritimo.

Deve aprovar empréstimo de R$ 400 milhões que o prefeito Eduardo Siqueira quer viabilizar com o Banco do Brasil. Como apurou o blog, o pedido pode ser apreciado nos próximos dias.

Como em 2024, a Prefeitura não tem problema para endividar-se. Fechou 2024 com uma dívida consolidada líquida de R$ 232,2 milhões (11,35%) quando poderia tomar emprestado até R$ 2,454 bilhões (120% da RCL/Resolução do Senado).

Os vereadores negaram no final de 2024 um pedido de financiamento feito pela ex-prefeita Cínthia Ribeiro para aquisição de ônibus e que seria administrado pelo atual prefeito Eduardo Siqueira. E ainda para infraestrutura. No Banco do Brasil e Caixa. 

Seriam R$ 40 milhões (BB) para 80 ônibus escolares, R$ 191  milhões (Caixa) para 113 ônibus de transporte coletivo urbano, mais R$ 132 milhões (Caixa) para outros 100 ônibus de transporte coletivo e R$ 300 milhões (também na Caixa) para infraestrutura e modernização.Um valor de R$ 660 milhões.

Pelo Plano de Mobilidade Urbana de Palmas (2023) são necessários para atender a Capital (1.898 viagens diárias)  203 ônibus básicos. São 184 ônibus operando mais 10% de reserva técnica.

Todos os pedidos foram negados. Ainda que, como lógico, devessem ser administrados no atual mandato. No que relegava a pura torpeza a justificativa da negação de que a ex-prefeita fosse beneficiada em final de mandato com os financiamentos.

E aplaudiram a contratação, sem licitação, por R$ 190 milhões, de 140 ônibus (e 10 vans) pela mesma prefeitura este ano.

Com uma única voz dissonante nestes termos do vereador estreante Vinicius Pires (Republicanos):

“A exigência de ônibus novos tinha que vir na concessão de 20 anos da licitação que vai vir ano que vem. Ano que vem na licitação, nós vamos pedir que os ônibus sejam novos, já que os ônibus são novos agora? Eu acredito que não. A gente acredita que tudo tem que ser feito com transparência e esse contrato não foi feito com transparência”.

Na mosca! Como é óbvio, os ônibus só serão novos até serem colocados em circulação. E a cada ano, o ônibus novo tem um custo.

A Prefeitura está correta em tentar melhorar. Os fundamentos de como se aproveita politicamente de seus ativos é que geram a criação de atritos. E aí tem que correr atrás para explicar-se.

Algo que poderia ser evitado.

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Ponto Cartesiano

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