O Diário Oficial trouxe na noite de ontem a nomeação do analista tributário da Receita Federal, Paulo Antenor (Secretaria da Fazenda), do engenheiro agrônomo e advogado Hercy Filho (Agência de Desenvolvimento, Cultura e Turismo) e do contador Jairo Mariano para a Secretaria de Infraestrutura.

Paulo Antenor foi Secretário da Fazenda no governo Marcelo Miranda e deu sequência ao ajuste fiscal iniciado por Edson Nascimento. Hercy Filho era chefe de gabinete do Ministério do Turismo (passou ali por seis ministros desde o governo Dilma Roussef/Temer/Bolsonaro). Assumiu o cargo de ministro por cinco vezes.

Hercy é defensor das concessões de parques (tem na ponta da língua que o maior parque do país, o Iguaçu, recebe 2 milhões de turistas por ano e que o governo repassou para o turismo no Estado R$ 100 milhões e R$ 2 bilhões para a cultura no país). Já Paulo Antenor era suplente do senador Magno Malta até as eleições de 2018, levado pela representação corporativa dos servidores da Receita Federal. E Jairo Mariano é ex-presidente da Associação Tocantinense dos Municípios e ex-prefeito de Pedro Afonso.

Do ponto de vista político, não é uma mexida irrelevante. Hercy angariou respeito da bancada congressista (não só a atual) ainda que tenha sido por ela ignorado especificamente pelas ligações com o ex-presidente regional do MDB, Junior Coimbra, que enfrentou artilharia do grupo de Marcelo Miranda justamente pelo protagonismo junto ao MDB nacional então liderado pelo ex-deputado Eduardo Cunha, presidente da Cãmara.

Jairo Mariano é presidente regional do PDT onde pode alojar-se Wanderlei Barbosa. Ali, o novo secretário de Infraestrutura substituiu a senadora Kátia Abreu que passou a presidir o PP regional. Se o PDT pode ir de Ciro, o PP deve abrigar Jair Bolsonaro. Regionalmente, entretanto, ganho de fundo eleitoral, fundo partidário e propaganda de TV.

Kátia (como outros da bancada) tem se movimentado em direção ao Palácio. Na verdade, retomam com Wanderlei o fazer-político que Mauro Carlesse menosprezara em favor de ganhos eleitorais individuais como se política não fosse uma via de mão dupla e não produto apenas de convencimentos distanciados de projetos e idéias.

Wanderlei faz o dever de casa. Mantém a administração funcionando e vai conversando com senadores, deputados e prefeitos.  E não é nenhum neófito para entrar em campanha eleitoral antes do prazo, antecipando perda de poder e inflacionando o mercado.  Até porque os políticos que agora aproximam-se do Palácio tem também seus próprios projetos.

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