A pré-candidatura do deputado federal Vicentinho Jr (PP) ao Senado deu demonstrações de força e potência política na sexta.
Reuniu no lançamento dois pré-candidatos ao governo (senadora Dorinha Seabra/UB e o vice-governador Laurez Moreira/PDT). E contabilizados 40 prefeitos.
E não é indiferente a relação que Vicentinho mantém com o pré-candidato do Palácio, Amélio Cayres (Republicanos). Se não terá apoio do governo, adversidade também não lhe será servida.
Nunca é demais frisar que, até outubro do ano passado, Vicentinho era secretário no governo Wanderlei, a quem apoiou em 2022 contra Ronaldo Dimas (PL).
Retornou aos corredores palacianos com Wanderlei após os afastamentos de Marcelo Miranda e Mauro Carlesse, governos a que era refratário.
Deixou o Palácio no ano passado, dizendo preservar a amizade do Governador, mas escolhera Eduardo Siqueira como candidato. Coisa conversada.
Uma relação que vem antes da política. Desde dona Maria Rosa e Fenelon Barbosa, eleito prefeito de Taquaruçu com o apoio decisivo do ex-senador Vicentinho Alves, o pai, hoje secretário de Eduardo Siqueira.
Fenelon, pai de Wanderlei, também foi o primeiro prefeito da Capital e isto tem seu peso político.
O prefeito Eduardo Siqueira (Podemos) – da Capital- e prefeitos e ex-prefeitos de colégios relevantes estiveram também no lançamento. Eduardo teve na prisão demonstração de que a leadade do politico do PP (e do seu grupo) não é devida a cargos.
Pode haver defecções nos apoios. Mas o ponto de partida sinaliza dificuldades aos demais pré-candidatos ao Senado.
De igual modo, a configuração dos apoios que tem, agora, dependerá, para ser mantida, de engenharia política capaz de preservar no grupo líderes não tão assertivos nem no limite do radicalismo sobre temas controversos.
Posição que, não raro, o deputado do PP ingressa, dando aos adversários janela para enquadrá-lo como representante de alas radicais da sociedade. Deve ter conselheiros com experiência suficiente para mostrar-lhe a melhor escolha.
Sem trocar o todo pela parte.
Se valesse uma metáfora, teria grande chances hoje de levar uma das duas vagas de Senado na disputa. A outra seria disputada "no murro".