Há processos políticos e judiciais que tem lá suas excentricidades.
Quando os policiais penais decidiram cumprir apenas o estabelecido na lei lá em abril, a Justiça (Tribunal de Justiça) os obrigou à jornada de trabalho análoga à de escravo.
E estabeleceu multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento. Os policiais recorreram em 15 de maio. E mantém-se na senzala respeitosos aos magistrados.
O Estado, no entanto, só foi intimado da decisão em 21 de julho (dois meses depois) e tem até a próxima terça-feira (2 de setembro) para apresentar sua defesa. Seis meses!!!
Pois bem! Após aquela decisão espantosa do TJ (jornada análoga à escravidão e preço vil) – são 30 presos para cada policial penal no Estado onde os presídios são dominados por facções – o Executivo entendeu o problema e comprometeu-se (em abril) a atender, em parte, a categoria, prometendo implementação financeira em julho, quatro meses depois.
Os policiais aquiesceram. Essas minutas aí de cima.
Mas, decorridos quase seis meses, nada foi cumprido. Intui-se que os "çábios" estejam aguardando a decisão do TJ que, por seu turno, segue esse impulso aí de cima.
Ambos negligenciando possibilidade de rebeliões.
Diz-se de aumento despesas. De abril a julho, as despesas de pessoal liquidadas no governo aumentaram de R$ 829 milhões (abril) para R$ 944 milhões (julho).
No mesmo período, o Executivo e Legislativo autorizaram o Judiciário a pagar as URVs dos servidores. Algo acima de meio bilhão de reais.
E o Tribunal não tem financeiro nem orçamento.
1 Comentário(s)