O jornalista Júlio Prado, novo secretário de Comunicação do prefeito interino, tem enfrentado nas últimas horas o humor de parcela do siqueirismo nas redes sociais.
O profissional, ex-secretário de Comunicação de Cínthia Ribeiro e um dos estrategistas da campanha de Eduardo Siqueira no segundo turno, estaria traindo o prefeito afastado aceitando o convite de Carlos Veloso.
Com efeito, Julio fez na campanha muito do que deveria ser realizado pelos representantes dos partidos da aliança.
Intermediou até mesmo juntar grupos oponentes e refratários a Eduardo até então.
A turba dos sentidos (como diria Platão) desconsidera, entretanto, que a consciência segue os instintos.
E não faz uso de igual régua de escrutínio moral e ético para medir os secretários (nomeados por Eduardo Siqueira) que não deixaram seus cargos.
Seriam os traidores do bem.
Do ponto de vista pragmático, Júlio Prado (um profissional gabaritado e honesto), apesar do papel na campanha de Eduardo e na administração de Cínthia, estava desempregado desde a posse de Eduardo Siqueira. Seis meses.
Apesar de sua competência na CBN, SBT e rádio Conexão. E na Globo de Minas Gerais. Sofria as consequências que jornalistas políticos, não raro, enfrentam por opções políticas. Ainda que apenas tarefeiras.
Sequer foi convidado pelo prefeito afastado para um cargo, de terceiro escalão ou um comissionado qualquer que o fosse.
Com seus “bruguelos” para dar comida, a consciência de Júlio não poderia ser diferente: seguiu o instinto de sobrevivência.
Teria, portanto, toda razão para aceitar o convite (que Eduardo e o siqueirismo não o fizeram) do prefeito interino.