Os tres senadores do Estado (Kátia Abreu, Irajá Abreu e Eduardo Gomes) votaram em favor do veto do presidente Jair Bolsonaro no Senado. O veto (derrubado pelo Senado) proibia reajuste de servidores até o próximo ano. A Câmara deve começar a votar o veto nesta quinta. Se não for hoje, sexta não será. Os parlamentares voltam para seus Estados.
Como é notório, a liberação para reajustes no serviço público (numa crise inominável) abre a porteira para reivindicações corporativas que, em anos eleitorais (ou deles precendentes) forçam governos e prefeituras e concederem reajustes e aumentarem o fosso social.
E qual era o parangolé: os governos aumentam suas dívidas internas e vão ao governo federal (por sua bancadas) cobrarem dinheiro para pagar as dívidas. Regra geral estouradas por compromissos com o funcionalismo e não com investimentos que beneficiem o público pagante. Tudo que a Lei de Responsabilidade Fiscal em vigor proibe.
Os senadores (tudo indica) tentaram fazer um giro e fizeram um girau. Tentaram beneficiar os servidores e prejudicar o governo de Jair Bolsonaro e terminaram por atrair para o Senado a pecha de responsável pelo desequilíbrio das contas públicas.
Uma burrice tão grande (e uma insanidade) de que se aproveita o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para fazer um H: vai conseguir a manutenção do veto, uma questão meramente de bom senso. E empurrar o adjetivo de irresponsabilidade e passionalidade para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, deliberadamente omisso na questão.
Imagina no Tocantins o que seria uma liberação dessas.