A deputada (e pré-candidata) Janad Valcari tem intensificado sua presença nas redes sociais. Meteu-se esta semana até na briga entre a modelo Ana Hickmann e o marido.
No Estado, entre 2021 e 2022, o número de 111 mulheres foram vítimas de feminicídio e de femicídio (homicídio) e Janad desde 2021 no parlamento (municipal e depois estadual) permaneceu parecendo não se importar com a estatística nem com o que ela representaria de vida e morte.
No meio publicitário é voz corrente que teria contratado a mesma agência de publicidade que fez a campanha de Wanderlei Barbosa em 2022.
Um desafio por pelo menos três motivos:
-Janad tem pela frente potenciais e previsíveis questionamentos da oposição e do Ministério Público Eleitoral sobre campanha eleitoral antecipada que fez questão de fazer prova ao divulgar entrega de doações fora do prazo permitido pela legislação (no dia da criança, já no ano eleitoral iniciado em 6 de outubro de 2023).
-Janad construiu até aqui uma personagem irascível em oposição não só à prefeita Cínthia Ribeiro, mas a todos que com ela não concordem, seja na Câmara ou agora na Assembléia. E que tem contornado com o uso de expedientes nada convencionais.
-Essa Janad é diametralmente diferente (quase o oposto) da nova personagem que a agência de publicidade tem apresentado nos últimos dias nas redes sociais.
Janadinha paz e amor pode até pegar pelas leis das possibilidades e probabilidades. O problema é que o desafio dos publicitários não é só de troca de roupa ou de maquiagem, mas de personalidade.
E aí o eleitor terá a oportunidade de descobrir se Janad é uma atriz na política sem projetos próprios, ou uma política com projetos substanciais originários de suas intenções e gestos próprios.
Como é público, a agência que teria sido contratada levou adiante na campanha de Wanderlei a tese de que seus adversários (Irajá, Dimas, Mourão), se ganhassem a eleição, iriam demitir 16 mil pais de famílias. Tese abortada, depois de publicizada, por motivos óbvios.
E aí tudo poderia fazer sentido. Muito embora extremamente prejudicial à parlamentar que tem, eleitoralmente, méritos e ativos também próprios de sua atuação política.