Pela movimentação dos pré-candidatos tanto ao governo como à presidência da República, a impressão que se tem é a de que o Estado e o país vivem às mil maravilhas e, pior, falta-lhe uma legislação eleitoral.

No Estado ontem quando se denunciava deficiência de atendimento e falta de medicamento nos hospitais o poder publico bancava dois helicópteros para transporte de comitiva governamental a uma cidade do Sul para assinar ordem de serviço de obra que já fora dada há oito meses pelo mesmo Executivo. Ali mesmo onde um hospital regional permanece não entregue à população, apesar de mais de uma década de autorizado.

Puro desperdício de dinheiro público, mas enfrentando a legislação eleitoral que impede situações do gênero nesta altura do calendário. Juntando um grupo de políticos que, fora a programação originária de adversários, estaria a provocar o Ministério Público Eleitoral.

Não há, com efeito, projetos pragmáticos dos quatro candidatos já colocados ao governo para fazer chegar na força de trabalho as mais de 600 mil pessoas fora dela no Estado. Ou inverter a situação de 201 mil trabalhadores com carteira assinada e 540 mil pessoas (136 mil famílias) dependentes do Auxílio Brasil de R$ 409,00 no Tocantins.

Enquanto se investe 35% do orçado (menos de 5% do orçamento anual), faz-se política contrária à concessão de rodovias públicas, entregando-as a produtores do agronegócio que as utilizam como corredor de exportação sem a devida contrapartida, legando aos usuários comuns vias em estado precário de utilização, quase em decomposição.

Os candidatos, desta forma, repetem a metodologia eleitoral como se repetem há anos. Vezes como determinadores eleitos das políticas públicas, noutras revezando-se com aqueles que se lhes opõem. Não na estratégia, mas na posição ocupada que não altera o objeto porque não modifica o sujeito e a forma de observar suas circunstâncias.

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