Os deputados Ivory de Lira e Luana Ribeiro serão objeto de avaliação interna na direção partidária do PCdoB. A medida deveria ser copiada pelo PV de Cláudia Lélis.
Apesar de filiados ao PV e PCdoB que fazem parte de uma Federação com o PT, os três parlamentares tem dado uma banana para a resolução partidária de integrar a coligação do candidato do PSDB, Junior Geo, decidida em convenção.
O PCdoB deliberou na noite de ontem por uma nota dura contra Ivory e Luana. Uma decisão que chega com atraso (leia aí do lado).
Mas que retira das gavetas o Estatuto do partido que prega o centralismo democrático: respeito à decisão das instâncias partidárias com consequências até na perda de mandato por infidelidade.
Tanto Ivory quanto Cláudia e Luana, de olho mais nas suas próximas eleições do que no partido, entraram com tudo na campanha de Janad Valcari do PL de Jair Bolsonaro.
Divulgam com entusiasmo nas redes sociais suas participações nos atos de campanha da bolsonarista por toda a cidade. Sem qualquer lustro ou filtro.
Ainda que eleitas pelo PCdoB pedem votos para o bolsonarismo como se comprassem um chicabom na padaria da esquina. E o mandato não fosse do partido. Não deveriam nada ao partido nem temeriam as consequências dos seus atos voluntários.
E a decisão da direção regional e municipal do partido fosse um risco na água. Um pum mal dado que não surtira qualquer efeito no esgoto da prostituição partidária muito explícita na eleição.
Só para efeito de raciocínio, Cláudia Lélis teve 99% de sua campanha eleitoral em 2022 bancada pelo PV (a direção nacional mandou R$ 799 mil e contabilizou gastos de R$ 801 mil)
Já Matilde Luana Ribeiro teve do PCdoB a quantia de R$ 250 mil (64,72%) para pagar suas despesas de R$ 385 mil. Ivory teve do PCdoB R$ 100 mil, o equivalente a 33,8% de suas despesas pagas pelo partido.
Um estelionato partidário e eleitoral.