O Executivo e o Legislativo já protocolaram seus balanços de 2024 no Tribunal de Contas do Estado.

Uma rápida amostragem aponta que praticaram no ano passado, as mesmas impropriedades identificadas pelos auditores em 2023.

Mas, como as contas de 2023, as de 2024 devem ter pareceres pela aprovação. E aí caberá aos deputados aprová-las, como o fazem sempre.

É um sistema mantido há anos. Hoje, dos sete conselheiros do Tribunal de Contas, seis já não deveriam mais estar na ativa.

No cargo, recebem adicionais de permanência mas o mais relevante é o poder político que mantém.

São quatro indicados pelo Legislativo e outros três pelo governo.

Destes, o Executivo tem que escolher um entre os procuradores outro auditor. Apenas um é de livre escolha do Governador.

Na prática, entretanto, todos são nomeados pelo Executivo. Ainda que publicamente façam “mesuras” de serem indicações dos deputados.

Como o Tribunal de Contas é órgão auxiliar do Legislativo que tem como obrigação fiscalizar, aprovar ou reprovar as contas do Executivo, a ilegitimidade da prática é indiscutível.

E aí fica o Legislativo e o TCE brincando de fiscalizar o governo.

Até quando isto será permitido não se sabe.

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3 Comentário(s)

  • MEIRIVALDO ALENCAR MIRANDA
    10/04/2025

    Auxiliar e não subordinado!! Olha a ultima decisão do STF que as contas de gestão não precisa do Pode Legislativo e quem julga é o TCE. O STF já decidiu claramente que os Tribunais de Contas é Auxiliar e não subordinado!! É um único que tem o poder de fiscalizar todos os poderes. Agora faça uma reflexão: Quem fiscaliza a gestão financeira e administrativa do TCE.

  • MEIRIVALDO ALENCAR MIRANDA
    10/04/2025

    Concordo plenamente com o nobre jornalista! Engraçado — pra não dizer irônico — é ver como certos conselheiros, ao assumirem a Presidência, mudam completamente de postura. São os primeiros a praticar assédio institucional, pressionando justamente os servidores mais experientes, os que abriram caminho e construíram a base sólida da instituição, para que se aposentem "o quanto antes". Triste constatar que, ao invés de reconhecer e valorizar esses pioneiros, optam por afastá-los, como se fossem obstáculos. Isso, sim, é um verdadeiro desserviço ao Tocantins. Quanto a mim? Só deixo o serviço público no dia em que ver algum desses "semi-deuses" tendo a coragem de pedir a própria aposentadoria. Até lá, sigo firme, com consciência tranquila e cabeça erguida.

  • Romes
    10/04/2025

    Muito bem Armando parabéns,fazendo jornalismo de verdade.

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