O MDB deve retomar a pré-campanha nos próximos dias. Marcelo Miranda (como pontuam aliados mais próximos) continuará seu périplo nos municípios. Após declarar-se pré-candidato (antecipação a este blog), a avaliação, agora, é a de que o ex-governador aguardará os movimentos político-partidários para definir-se como candidato ao governo.
Setores do MDB e do PT não descartam, entretanto, uma aliança em 2022. Lula já teria conversado com ambos. A antecipação do petista Paulo Mourão na pré-campanha pode ter feito os emedebistas “retirarem o carro da pista”. Não por opção pelo PT mas cautelosos dos desgastes de uma candidatura com um ano de antecedência. De outro modo, nesta aliança o PT pode, circunstancialmente personificar o boi de piranha de um eventual candidato de Lula no Estado.
Obviamente que um candidato que entra em campo nestes termos assume riscos imponderáveis: exposição de apoiadores à xepa dos adversários, custos de manutenção dos apoios e, evidentemente, sujeito a ataques enquanto os mais prudentes aguardam o tempo eleitoral para subordinarem-se a críticas apenas na campanha propriamente dita. Ainda que se pudesse tomar a antecipação como movimentos pela construção de uma candidatura.
Na geo-política do voto, no entanto, até por ter ocupado por três governos o Palácio Araguaia (e ter ganho uma eleição para Senador), Marcelo teria, numa eventual aliança com o PT, mais musculatura política do que Mourão para encabeçar uma chapa MDB/PT. Apesar do avanço eleitoral do ex-deputado e de sua inconteste capacidade administrativa e parlamentar. Isto porque o MDB hoje é o partido com maior número de prefeitos e vereadores no Estado.
O desafio de Mourão é inverter isto já o de Marcelo é fazer com o que o petista não o consiga.