O ex-governador Marcelo Miranda tem nesta manhã em Brasília (DF) como apurou agora há pouco o blog com emedebistas da Executiva, encontro com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi. Estarão com Marcelo, além do ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, a deputada federal Dulce Miranda.
O objetivo é o que já informou em primeira mão ontem este blog, a filiação de Dimas ao MDB. Apurou ainda este blog que a decisão de Dimas teria como motivo a insegurança de apoio à sua candidatura ao governo.
Jair Bolsonaro, por exemplo, não o teria citado como candidato nos discursos de Xambioá, Araguaína ou Porto. Em Xambioá, discursou o senador Eduardo Gomes. Jair Bolsonaro disputará a eleição pelo PL, mesmo partido que Dimas divulgou iria filiar-se.
Aliados de Dimas argumentam que o pré-candidato teria avaliado a não declaração tanto de Jair Bolsonaro (presidente da República e filiado ao partido) como Valdemar Costa Neto (presidente nacional da legenda) de apoio à sua pretensão.
Só teve de Eduardo Gomes, que é do MDB, ainda que comande, extra-oficialmente, o PL, retirado de Vicentinho Alves. Obviamente aí outro problema para Dimas: a falta de grupo do PL para uma chapa competitiva, dado que o partido fora construído pelo ex-senador e filho Vicente Jr, deputado federal. Poucos remanescentes seguiriam no PL dado que o PP para onde migraram o ex-senador e o deputado também são da base bolsonarista.
A situação o amarraria, por óbvio, apenas à vontade política de Eduardo Gomes (que comanda o PL no Estado) na aprovação de sua candidatura pelo PL que no Estado é uma comissão provisória cujas decisões partidárias coletivas (convenções) podem ser substituídas por uma canetada da direção nacional.
No MDB, teria Ronaldo Dimas a autonomia do diretório emedebista regional que é presidido por Marcelo Miranda. Daí a reunião com o presidente nacional do MDB para selar o apoio a candidatura do ex-prefeito, tendo como moeda de troca a reeleição de Dulce Miranda atualmente com dificuldades eleitorais em função da falta de chapa proporcional e majoritária no grupo.
Confirmadas as especulações na prática, a ida de Dimas do PL ao MDB sinalizaria dissensões internas no grupo de Eduardo Gomes com implicações na liderança do Senador.
E proporcionadas por desconfianças, por parte do grupo de Dimas (que há muito se desloca em campanha pelos municípios). Ainda que o ex-prefeito e o senador do MDB conservem sólida relação de amizade pessoal há muitos anos.