Laurez no PSD de Irajá acrescentaria mais um motivo para Wanderlei não entregar o cargo ao vice para disputar o Senado. Mas realçaria, por outro lado, a inutilidade da não renúncia

A aventada possibilidade do vice Laurez Moreira trocar o PDT pelo PSD de Irajá Abreu entrega ao vice-governador maior estrutura de campanha.

E antecipa a escolha do PSD em apostar na reeleição do senador Irajá Abreu. Ambos, entretanto, não atenderam o blog nesta segunda.

Mas o senador Irajá encaminhou nesta segunda-feira vídeo ao blog da filiação de Laurez junto com o presidente nacional Gilberto Kassab, anunciando Laurez ao governo, Irajá ao Senado e Iratan Abreu a deputado federal.

Pode, ainda, atrair o apoio do presidente Lula (o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi ministro de Lula).

E a ex-senadora Kátia Abreu é conselheira do BNDES na JBS. Todos muito próximos de Gilberto Kassab, Lula e Lupi.

Cargos majoritários não são submetidos à janela partidária.

Significa que se Wanderlei Barbosa não se dispusesse a disputar o Senado para não entregar o governo a Laurez, agora teria outro problema maior.

Entregar o cofre não só a Laurez.

Mas a Irajá Abreu, considerado não só adversário, seu desafeto político.

Ou seja: não renunciar e não disputar o Senado pode ser pior do que ir às urnas com um mandato quase certo e arriscar eleger seu candidato Amélio Cayres, com a aprovação popular que tem mantido.

É aquele negócio: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Metaforicamente: se está no inferno, abraça com o diabo logo.