O governador Laurez Moreira no conflito entre seguir ou não o paradoxo filosófico do asno de Buridan.
É o governador em exercício mas paira sobre sua cabeça (até solução STF/STJ) o espectro da interinidade.
O paradoxo de Buridan diz sobre o livre-arbítrio. Hipótese do paradoxo:
“Um asno é colocado à mesma distância de um fardo de palha e um recipiente com água. Uma vez que o paradoxo assume que o asno irá sempre para o que estiver mais perto, ele irá morrer de sede e de fome, uma vez que não pode tomar nenhuma decisão racional sobre a escolha de uma ou de outra hipótese. “
Na prática: Laurez tem se ocupado em reunir grupos políticos que, cotejados circunstancialmente como protagonistas, podem levar ao governador em exercício, não só no consciente popular, o papel de coadjuvante no governo que não é, ainda, definitivamente dele.
Mas não pode, publicamente, abrir mão desse passivo que, para ele, no propósito de firmar-se no cargo, seria ativo a ser somado e não equacionado.
E no governo? Ontem deputados aprovaram requerimento de urgência para que Laurez encaminhe o PCR da Educação. Um custo aproximado de R$ 160 milhões.
No mesmo dia em que Laurez cortou os R$ 20 milhões do jatinho do transporte aéreo.
E lá no Legislativo, como é óbvio, interessaria a Laurez o processamento do impeachment de Wanderlei que teria, antes do afastamento, o apoio de duas dezenas de parlamentares.
Ou seja, Laurez terá que escolher: a água ou a palha.
Ou, diferente do asno de Buridan, primeiro comer a palha e depois beber a água.
É ver se terá paciência para observar os dois planos e distâncias.