O juiz da Justiça do Trabalho, Edísio Bianchi, acatou pedido do candidato à presidência do Sisepe de tutela antecipada, anulando a decisão da comissão eleitoral do Sindicato que havia interferido no resultado das eleições em desfavor do candidato da Chapa 2. O juiz determina a posse imediata de Elizeu Oliveira na presidência do Sindicato.

A decisão da Justiça do Trabalho é, tudo indica, a definição da disputa entre Cleiton Pinheiro e Elizeu Oliveira pelo Sindicato. Elizeu já havia conseguido suspender, na Justiça Comum, a decisão da Comissão Eleitoral que o prejudicava, com indícios explícitos de irregularidades, no que o juiz Edmar de Paula (da 6ª Vara Cível) optou prudentemente avaliar com mais vagar.

Edmar, entretanto, se manteve o resultado da votação publicado em 10 de dezembro do ano passado, suspendeu a posse até a apresentação de  novas informações pelas partes.  A Justiça do Trabalho deu  um passo adiante: anulou o parecer da comissão e  determinou a posse imediata de Elizeu.

A disputa no Sisepe, ainda que permitida pelas regras democrática, é, na verdade, uma contrariedade da própria democracia que é alimentada justamente pela mudança desejada livremente pelo eleitor. No caso do Sindicato, a diretoria que concorria à reeleição, comanda a entidade há mais de uma década.  Cleiton preside o Sindicato desde 2007. Lá se vão 15 anos.

A não mudança (ou possibilidade de novas administrações) termina abrindo janelas para situações constrangedoras como a constatação, pelo juiz do trabalho (na sentença hoje divulgada) de que Cleiton Pinheiro seria também presidente da Cooperativa de Trabalho do Estado do Tocantins que presta serviço ao Sisepe. E que tem como cooperado o presidente da Comissão Eleitoral, Márcio Lins.

Para o juiz, isto evidenciaria improbidade de Cleiton e imparcialidade da Comissão Eleitoral.

Pá de cal para Cleiton. Que, lógico, tem recursos à sua defesa. Mas na política sindical, um petardo nas suas pretensões de superar o recorde de 15 anos na direção do Sisepe que, para quem não sabe, recebe contribuição não só de servidores estaduais, mas também de numero significativo de funcionários de prefeituras.

Um ativo de R$ 4,4 milhões (último balanço publicado/2019) e mais de 20 mil associados.

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