Na política, não raro, ações e manifestações buscam subordinar a razão a interesses.

O governo tem informado às lideranças dos policiais penais não ser possível implementar em julho o prometido à categoria em abril, como acertado.

Reuniões se sucedem. A última na semana passada.

Justificativa: o comprometimento da receita corrente líquida com pessoal que o impediria de publicar leis que aumentem despesas.

O governo esgrime o artigo 22 da LRF. Por ele, não pode conceder reajuste, vantagem, adequação salarial se a despesa com pessoal superar os 95% do limite máximo de 49%.

Ora, o governo quando fez o acordo com os policiais (em abril) já tinha a previsão do 1º quadrimestre (este blog até mesmo antecipara os cálculos) quando fechou com 46,64%. O equivalente a 95,1% de 49%.

Obviamente seguiu elevando as despesas e as receitas de arrecadação não pararam de crescer. Mas na discricionariedade dos gastos, os penais ficaram de fora.

E devem ficar mais tempo: no segundo quadrimestre, a proporção tende a aumentar com a inclusão do acréscimo da data-base e benefícios de outras categorias.

Seguindo o índice. No primeiro quadrimestre de 2025, os 46,64% já foram maiores do que os 46,32% (94,5% de 49%) de dezembro de 2024 (3° quadrimestre).

Nitroglicerina pura nos presídios onde se alojam 4 mil e 573 presos para penais de menos.

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2 Comentário(s)

  • Darley
    15/07/2025

    Uma vergonha com tantos pais de família que vivem, enclausurados buscando levar o direito e os programas de ressocialização que garantem vultuosos repasses da união.

  • D. Neto
    15/07/2025

    Esse governador Wanderley Barbosa não cumpri nada que promete, a data base de maio de 2025 foi menor que a inflação havendo perda salarial para todos, há 3 anos promete aprovar a PEC do teto constitucional único e não aprova, só confisca parte dos salários de quem estar em fim de carreira, fora que entre 2020 a 23 deu apenas 1% de data base para cada ano, causando uma perda salarial de 17% ou mais, para todos os servidores públicos, se a folha estar no limite da LRF a culpa é exclusiva do governador Wanderley que fica aumentando a folha com cargos comissionados e contratos para alegar a falta de dinheiro para cumprir as promessas com as categorias impactadas com as perdas salariais que vem sofrendo nos últimos 6 anos

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