A intensidade dos fake-news desta sexta dando conta do retorno de Wanderlei Barbosa, como todo fake, não altera o curso do processo. Seja judicial ou político.
No STF, os processos de Wanderlei (HC-AgR) e Ricardo Ayres (RCL 84434) tiveram hoje, sexta-feira, apenas juntada de prestação de informações solicitadas ao STJ.
Hoje completa 16 dias do afastamento de Wanderlei. E duas semanas de governo em exercício de Laurez Moreira.
O decurso de prazo que prejudica Wanderlei, favorece a solidificação da manutenção de Laurez.
Prazo em que o governador em exercício montou seus próprios quadros e, não é exagero apontar, cooptou parcela do apoio político de Wanderlei no Legislativo.
Suficiente para que STF e STJ mantenha o afastamento de Wanderlei e o confirme, Laurez, indiretamente, no cargo.
Sem preocupar-se com insegurança jurídica e política dele consequentes.Ou solução de continuidade da administração estadual pelo afastamento.
Caso contrário, a Justiça daria à avaliação do afastamento igual ligeireza processual da cautelar do afastamento.
Veja-se que se trata de um recurso Habeas Corpus, que, por sua própria natureza, deveria ter tratamento extraordinário.Mas já se vão duas semanas.
E que se note: o STF e o STJ se ocupam atualmente em justamente combater desvios de emendas parlamentares no Congresso.
Um dos alvos é o deputado Maranhãozinho, do Maranhão (mas com franjas no Bico do Papapaio), do ministro Flávio Dino, um dos juízos preventos no processo.
Flávio Dino mandou, no último dia 25 de agosto, a Polícia Federal (PF) investigar as possíveis irregularidades de emendas parlamentares que somam R$ 694 milhões em repasses do orçamento da União.
A mesma PF que investiga Wanderlei, Ricardo Ayres e outros.
Isto aí os fakes de Wanderlei não amplificam.
E por que? Ora porque descortinam um ambiente desfavorável a Wanderlei no STF e no STJ.
Já que é acusado, como os deputados federais, de desviar verbas de emendas estaduais.
Wanderlei está se defendendo na Justiça. É apenas um inquérito. Mas os fakes não seriam certamente os melhores expediente em qualquer circunstância.
Com STF e STJ vendo pêlo em ovo de político, pior ainda.