As declarações dos pré-candidatos bolsonaristas no Estado tendem a empurrá-los ao precipício em que se jogou Jair Bolsonaro. Em queda livre e sem elevador de subida.

Uma questão, porém, os difere, ainda que eles próprios incitem, intui-se, aproximação por votos bolsonaristas que no Estado são mais ficção que realidade.

Bolsonaro fez o que fez (e por isto condenado e preso) por que sua natureza é fascista.

Ele mesmo é que faz questão de provar e comprovar. Uma questão de fato e não de opinião. Não esconde nem intenção nem gesto. 

Seus seguidores é que correm para dar-lhe outra leitura quando seus movimentos tem motor e vida próprios. Tem sua própria inércia.

É o que ocorre agora com a tornozeleira rompida. Ele próprio diz de própria voz que usou um instrumento de solda. Mas os bolsonaristas fazem outra leitura.

Já pré-candidatos como Eduardo Gomes (PL) e Dorinha Seabra (UB) - de índole democrática – sujeitam-se, com sua defesa, à contaminação tóxica indevida.

Mas com devidos resultados de fácil projeção.

De mais a mais, o eleitor do Estado refutou Jair Bolsonaro nas duas eleições que disputou para presidente. Números que realçam a ficção bolsonarista dos votos no Tocantins.

Em 2022, Jair teve 48,64% dos votos contra 51,36% de Lula.

No mesmo ano,  o candidato bolsonarista ao governo (com Gomes e Bolsonaro no palanque) teve apenas 22,50% dos votos, contra 58,14% dados à chapa Wanderlei/Laurez.

Em 2018, Bolsonaro teve 48,98% contra 51,02% de Fernando Hadad (então um ilustre desconhecido no Estado).

Em 2014, o PT venceu para presidente no Estado (Dilma) com 59,49%.

Em 2010, os petistas tiveram 58,88% e em 2006 Lula saiu das urnas com espantosos 70,26% dos votos.

Em 2002, o mesmo Lula venceu com 54,03%.

Ou seja, em duas décadas o eleitor do Estado - a sua maioria - escolheu a esquerda.

E deu um banho na extrema direita nas vezes em que Jair Bolsonaro disputou a presidência.

Não seria dessa vez, com Jair Bolsonaro preso e após tentar um golpe, que a situação favoreceria Eduardo Gomes, Dorinha Seabra e Carlos Gaguim.

Um passo prudente seria afastar-se da extrema direita bolsonarista. Ao invés de buscar aproximação com o precipício.

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