O ex-deputado Eduardo Siqueira tem explorado bem a questão afetiva da criação de Palmas, hoje maior colégio eleitoral do Estado.
Enfrenta resistências. Se elas afloram, não é sem sentido tê-las como incentivo ao pré-candidato. Em política não se briga para baixo.
Eduardo tem explicações a dar, é óbvio. Nos últimos dez anos ficou muito longe dos Aurenys, tomando como régua o próprio referencial de que agora faz uso.
Tem um ano para recuperar o tempo. E carrega um legado nada irrelevante: já foi prefeito da cidade e descende do criador da Capital.
Normal querer disputar novamente. Pedro Ludovico, criador de Goiânia, teve o filho, Mauro Borges e um primo, Juca Ludovico, governando Goiás. Há inúmeros exemplos no país.
O mais curioso nas implicações à uma candidatura de Eduardo é a barreira colocada por ex-aliados que se dizem terem sido prejudicados quando o ex-deputado detinha poder político.
Sem explicar porque não o enfrentaram; sob igual perspectiva de observação, quando Eduardo era “o primeiro ministro” dos governos de Siqueira Campos.
Lá Eduardo era poder, aqui carrega apenas expectativa dele. Situação que certamente os iguala, Eduardo ontem e os agora seus adversários.
Diferenciá-los, agora, é apenas uma questão de linha temporal e de lugar. Como na física, pontos continúos e alinhados de uma mesma linha nem um pouco imaginária.