Caros, esse gráfico aí acima faz parte do relatório da Polícia Federal apresentado ontem no anúncio da ação contra o denominado Quadrilhão do PMDB onde o presidente Michel Temer é apontado como o chefe e suspeita-se (a PF fala em indícios) de que teria sido beneficiado com R$ 31,5 milhões. Ou seja, 61% de um AP Geddel. Ontem o STF autorizou nova investigação contra Temer.
Esse gigante moral pode ser beneficiado com um título de cidadania tocantinense apresentado no Legislativo pelos deputados Valdemar Junior e Olinto Neto. Evidentemente a pedido do Palácio Araguaia, do PMDB autêntico, outro paladino da moralidade e da ética. É a forma de Marcelo Miranda dizer “tamos juntos nessa mermão”.
Mas não é só Temer: a cidadania do Estado é estendida também a outro baluarte: o ministro da Integração, Hélder Barbalho, acusado de ter recebido R$ 1,5 milhão de propina da JBS e de ter pedido R$ 30 milhões da Odebrechet. Tudo nas delações.
Helder vem a ser filho de outro peemedebista ilustre, o senador Jáder Barbalho, preso em 2002 por ordem de um juiz federal de Palmas, onde ficou encarcerado, acusado de desvios na Sudam que teriam causado um prejuízo de R$ 40 milhões aos cofres públicos conforme o MPF.
Esses dois portentos morais são, na avaliação de dois deputados (com possibilidade de apoio dos demais), merecedores da cidadania do Estado, de honrarias da população tocantinense. Evidentemente tem como certo que a população do Estado pensa igual ainda que sem consultá-la.
É provável que, pelo porte moral dos que se pretende honrar, estejam os parlamentares (e o Palácio) mais próximos do erro que do acerto. Sem prejuízo da avaliação de que o título não é um ato discricionário de deputados ou governos: é concedido pela população. É ela que lhes dá legitimidade. O contrário, é só papel e puxassaquismo repugnante.