O blog tem sido atacado por bolsonaristas por apenas repostar trecho da sessão do Legislativo estadual em que o deputado bolsonarista Danilo Alencar (PL) usa o termo “carái de asas” no exercício do cargo em sessão legislativa. Veja aí vídeo ao lado.
Para os bolsonaristas, o blog estaria preocupado com a linguagem e o deputado com a população. Ora, ora.
Só espero que o deputado-médico não faça uso meta-linguagem nos atendimentos no SUS e que, como se sabe, não é aquele “carái de asas” todo assim.
Os leitores que seguem o blog sabem que aponto o dedo crítico todos os dias para as bobagens, ilegalidades, inconstitucionalidades, dos contratos e falta de transparência do Legislativo. Um dos menos transparentes do país. O arquivo do blog está aí.
Nunca, entretanto, nominei os equívocos daquele poder Legislativo como “carái de asas” e “o iscambau”. Coisa de que fez uso o médico deputado com especialidade em ginecologia.
Dentro do Legislativo (salários e verbas indenizatórias que se aproximam de R$ 100 mil mensais) mais R$ 10 milhões de emendas parlamentares. Dinheiro público.
E por que? Por que o Legislativo merece respeito por representar o que escolheu a população.
Sei que é difícil para o bolsonarista entender que há regras. Jair Bolsonaro (PL) quis dar um golpe e caminha para a prisão.
Muitos no Estado respondem por coisa parecida. Os “malucos” como os apelidou Jair Bolsonaro na frente de Alexandre Moraes.
Os deputados tem competência para propor qualquer coisa. É um direito não do deputado, mas da representação.
No caso específico, o deputado ginecologista não tinha razão nem no mérito. A obrigação de decifrar os projetos e demonstrá-los à população é do deputado.
Para isto, recebe os projetos com antecedência e tem assessoria. Se não concorda, tem o direito de apresentar sua tese contrária. Na democracia vence o voto.
E não da mesa diretora. É o regimento. Se um deputado não concorda, que proponha alterações no regimento.
É assim nas Assembléias, na Câmara dos Deputados e no Senado.
O deputado-ginecologista parece ser apenas só um dos “malucos” de Jair Bolsonaro.
