As declarações da ex-prefeita Cínthia Ribeiro de que será candidata em 2026, sem antecipar o cargo, tem potência para retirar Eduardo Siqueira e o Podemos da zona de conforto.
Podemos e PSDB vão oficializar uma fusão na próxima semana. Aquele que não sentir-se acomodado, pode deixar a legenda com justa causa sem perder o mandato.
Tudo indica que Cinthia não irá reaproximar-se mais de Eduardo. Com a fusão, ambos deveriam integrar o mesmo partido. Mas e o comando?
Eduardo tem mandato, Cínthia não. O Podemos tem um deputado federal, PSDB não. Ambos buscam superar a cláusula de barreira. Mas é diferente da federação PP/UB.
Vai seguir outra direção. E ela aponta o Palácio Araguaia levando deputados e vereadores para o grupo governista.
E não sem razões consideráveis. Apesar da contribuição à eleição do prefeito do Podemos, Cíntia viu sua administração ser desconstruída em cinco meses pelo aliado eleitoral.
Como teve o discernimento de não indicar secretários, não tem amarras..
E podia. Eduardo obteve no segundo turno 27 mil votos a mais que no primeiro. E sua adversária, Janad Valcari, acrescentou apenas 7 mil e 500.
Considerando o perfil bolsonarista do eleitor de Janad, é possível concluir que sem os 44 mil votos do PSDB de Cinthia Ribeiro (obtidos do 1º turno), o resultado poderia ser outro no 2°.
Dado que Janad não perdeu votos. Só ganhou um número quatro vezes menor. E os 25,73% de absteções no segundo turno pouco diferenciariam dos 20,15% do primeiro.
Ademais, Eduardo já indicou apoiar a pré-candidata Dorinha Seabra (UB) ao governo. A política transformou Dorinha adversária de Cínthia.
E isto – somadas as dificuldades para encaixar os que lá já estão - barra qualquer perspectiva da ex-prefeita no grupo.
Cínthia tem aprovação popular na Capital e fez uma administração dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Se não serve a Eduardo e a Dorinha, Wanderlei pode acolhê-la de braços abertos e com foguetório.
Wanderlei tem ciscado para dentro. A oposição expelido lideranças.