A declaração do deputado Vicentinho Junior (PP) ao blog da jornalista Roberta Tum de que qualquer grupo que for disputar o governo terá que conversar com a federação UB/PP é, aparentemente, puro exercício de lógica aritmética e eleitoral.
Afinal, um grupo com 62 prefeitos (UB/PP/Podemos) representaria, no mínimo, 40% dos eleitores (e 44% dos municípios) do Estado, tomando apenas os quatro maiores colégios eleitorais: Palmas/Araguaína/Gurupi e Porto Nacional. Somando os demais, um pêndulo não irrelevante.
Do ponto de vista político, entretanto, o “terá que conversar” inverte a ordem e sugere querer o grupo de Dorinha Seabra comandar a sucessão na base governista que, oficialmente, ainda integra.E não o contrário.
De outro modo, Wanderlei teria que buscar Dorinha (a pré-candidata declarada ao governo) para negociar, deduz-se, outras posições na majoritária do grupo que tem o próprio Vicentinho Jr como pré-candidato ao Senado.
O Palácio abriria mão, necessariamente para algum acordo, desta forma, de duas vagas ao grupo, para ter um senador e um vice, as duas outras vagas remanescentes. Como uma delas será provavelmente de Eduardo Gomes ou Wanderlei...
Como aparenta ser um acordo em que um entra com o pé o outro com outra coisa, não haveria como uma nova aliança entre Dorinha e Wanderlei em 2026.
No popular, Dorinha é hoje uma candidata ao governo em busca de um Senador. Tal nas eleições de 2022, quando o candidato ao Governo, Wanderlei, saiu em busca de um senador para a vaga de Kátia Abreu. Ou seja, só inverteram as posições.
Não há ganha-ganha a nenhum dos lados.