O Conselho Fiscal do Igeprev e a Procuradoria do Estado podem reunir-se hoje para tratar da questão que teria impulsionado o pedido de demissão do ex-presidente do instituto.
Integrantes do governo realçaram ontem ao blog a lisura do ex-presidente e refutaram outras ilações que não administrativas e pessoais.
Sharles Bezerra era cobrado pelo Conselho a oferecer, de forma oficial ao Conselho, explicações sobre os tais pagamentos indevidos (em dobro) realizados pelo Igeprev a aposentados. O pedido de demissão provocou dúvidas sobre sua saída, induzindo a possibilidade de questões mais graves.
Fato realçado com a divulgação de uma auditoria da CGE no Igeprev. Ainda que auditorias no Igeprev fossem expedientes rotineiros. Até porque do desempenho fiscal do fundo depende o CRP dos governos.
O ex-presidente já havia explicado que os erros (gerados por duplicidade de requerimentos) haviam sido reparados, mas um dos favorecidos teria recorrido à Justiça e conseguido uma liminar para a não devolução, alegando a falta de má fé no recebimento.
O Conselho quer as explicações oficiais e ainda um plano de recuperação do valor pago. Cobra, também, melhoria no atendimento que hoje se dá em até seis meses após os pedidos.
A falta de explicações oficiais e o plano de recuperação motivaram o Conselho a, por unanimidade, não aprovar o balanço geral do Igeprev de 2024, na semana passada. Apesar da aprovação dos balancetes bimestrais do ano passado.
“Não aprovar não é reprovar”, disse ao blog um membro do Conselho que é paritário: três membros do governo e outros três dos servidores. “Os demonstrativos contábeis foram aprovados, mas o balanço geral depende das explicações”.