Emergiu neste início de semana a possibilidade de um chapão Palácio Araguaia/Podemos/UB/PP.

É uma conversa mole que favorece os governistas. Dá-lhes mais tempo para reorganizar-se.

E porque conversa pra boi dormir?

Ora, se apostasse (ou tivesse afinidades) em Dorinha, Wanderlei já a teria trazido para dentro do Palácio.

Teria, além de uma pré-candidata competitiva, crédito numa eventual eleição da senadora. E muito dinheiro do fundo eleitoral.

A dispersão do UB não é consequência de acasos. Wanderlei comeu mosca com Dorinha ou ela ofereceu mosca a ele. Ou a divisão é produto de risco calculado.

Mas agora tem a Federação que obriga a mais um parceiro: o PP de Vicentinho Jr.

O mesmo se deu com o senador Eduardo Gomes. Mas o parlamentar do PL é mais pacientoso e aguardou a hora. Não só aqui.

Para se ter uma noção, no Congresso, o líder do governo Lula, senador Randolfe Rodrigues (Rede) já chegou a dizer que era um alívio ter como interlocutor o ex-líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso, o próprio Eduardo Gomes.

Voltar as atenções à Senadora agora seria reconhecer equívocos, demonstrar que não construiu outro nome. E inverter a nota promissória, de credor a devedor.

Ademais, como Dorinha pensaria num acordão desses quando não consegue unir seu próprio grupo em torno de nomes. E qual seria sua relação e de seu novo grupo com o grupo do Palácio após as eleições.

O fator Carlos Gaguim também lhe assombra e o deputado sabe que seu tempo está expirando. Está clara a indefinição da senadora quanto ao parlamentar. E ele sente isto. Gaguim é um alto falante ambulante que ninguém quer ver apontado para si.

A Senadora está fora do país e só retorna amanhã. Ainda falta muito para as eleições, mas de suas decisões agora depende sua força política no próximo ano.

Já Eduardo Siqueira é franco atirador. Eleita Dorinha ou um candidato do governo (tendente por densidade eleitoral a ser o senador Eduardo Gomes), terá que esperar oito anos para disputar o Palácio (eleição e reeleição).

Para ele, mais producente seria apoiar Laurez Moreira que, numa renúncia de Wanderlei, assumiria o governo podendo ficar só mais quatro anos.

Daí o receio de compor a chapa com a vice de Dorinha a primeira dama Polyana Siqueira. Não querer deixar a esposa sob o guarda-chuva de potenciais adversários futuros.

Não é necessário nem a aritmética de vagas e interessados para desmistificar esse negócio de chapão.

Nem Siqueira conseguiu formar uma. E Dorinha e Wanderlei estão muito longe de somarem um Siqueira.

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