A “carta-testamento” de Jair Bolsonaro, transmitindo seu legado ao filho, Flávio Bolsonaro, é um problema do PL. E não da sociedade em geral.
Bolsonaro pode escolher (no regime que ele tentou solapar) apoiar qualquer um. Até o macaco Tião ou a rinoceronte Cacareco que está valendo.
No Brasil, a regra é os pais tentarem transferir seus feudos eleitorais aos filhos, esposas e parentes.
No Estado, os casos são inúmeros. Não seria diferente com Jair Bolsonaro que tem três filhos pendurados em cargos eletivos, eleitos pelo voto democrático.
E se isto se dá, é por permissivo legal. Impeditivo haveria apenas moral e ético. Mas isto é expediente includente não excludente.
Quando se dá a essa escolha uma questão de natureza pública (e não privada como são os partidos) - como analistas da imprensa nacional amplificam - é que inverte-se o princípio.
E aí teria razão Jair Bolsonaro para regurgitar que no país não se observasse as regras democráticas.
Ainda que sua escolha se dê justamente sustentada por essas regras que ele tentou subverter.
O PL é que tem que resolver a crise interna provocada pela carta do ex-presidente.
As pesquisas de intenção de votos indicam o perfil do eleitorado do país.



