O Diário Oficial do Estado publicou ontem a noite uma notificação do Cartório Notarial de Araguaçu em desfavor do empresário João Batista Consentini.
Notifica o inadimplemento de dívida de R$ 22,8 milhões com a Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Centro Norte Brasileiro.
É uma dívida privada que não teria interesse senão entre as partes envolvidas. Empresários estão sujeitos a execuções, faz parte do negócio. Nada anormal.
Ele só toma interesse público quando assume outra natureza. Banco da Amazônia, Sicoob, Cooperativa do Vale do São Patrício, Banco Safra, Itaú e empresas de revenda de máquinas cobram na Justiça o equivalente a R$ 700 milhões do mesmo empresário.
Parte dela com a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio. As empresas notificadas teriam um faturamento de R$ 500 milhões.
A Justiça, entretanto, concedeu a suspensão de todas as execuções, autorizando recuperação judicial das empresas.
Os bancos entraram com embargos (a que o blog teve acesso) contra a decisão de um juiz de Gurupi, que suspendeu as execuções. As empresas de maquinário estão também sem os bens em função da decisão judicial. Os recursos foram impetradas em janeiro último.
O blog não conseguiu falar com o empresário. O espaço está aberto para suas explicações.