A primeira dama do país Rosângela Lula da Silva (Janja) manda um empresário (do X) “se foder” e o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, repreende: não temos que xingar ninguém.

Liberdade de expressão de Janja, claro. Não correspondente com o tratamento dado ao dono do X, Elon Musk, em resposta à linguagem chula da primeira-dama que, no G20, não era a Janja, mas a Rosângela Lula da Silva.

A ação de Janja e a reação de Lula dão bem idéia da arapuca em que se meteu a esquerda no país.

Elon Musk já teve a resposta constitucional do STF a suas diatribes. Mas no plano político (a sua proposição) mantém os petistas afetados, denotando fragilidades.

O Brasil (e o Tocantins) sempre foram conservadores. Um país majoritariamente de direita, produto da sua própria colonização.

A esquerda, com seus governos, não teve êxito em domá-la. Bastou um líder bocudo e botocudo como Bolsonaro para empurrá-la às ruas.

A esquerda festiva e pequeno-burguês de São Paulo tentou cooptar os sindicalistas do operariado do ABC ligados a Lula, projetando expandir um projeto político hegemônico de esquerda no país e perderam. Lula nunca foi de esquerda como a militância, em larga medida, acredita. 

Contrariamente ao operariado que deu massa ao PT:  reivindicava apenas melhores salários. Esse negócio de política era considerado discurso dos patrões da avenida Paulista e da Faria Lima.

No Rio, Janja foi a militância e Lula o Lula do ABC que bradava de dia com os operários e bebericava wiskie a noite com os patrões.

O problema é que Elon Musk tem o canhão do X, o governo dos EUA e a esquerda brasileira armada com a retórica de Janja cai na sua armadilha linguística.

Mesmo tendo conhecimento, ambos, e a classe política da improbabilidade dos EUA, com Trump e Musk, atacarem o país.

Podem sim impor taxas econômicas (a balança comerical EUA/Brasi é de US$ 67 bilhões/ US$ 39 bi de exportações pra lá). O país pode fazer uso da reciprocidade.

Os EUA não é o maior comprador. E sim a China com uma balança comercial (importações/exportações) de US$ 136,4 bilhões (janeiro/outubro/2024). As exportações do Brasil para os chineses são mais que o dobro dos EUA no período: US$ 83,4 bilhões.

Parece que a esquerda perdeu o referencial. Se tinha. O resultado é a redução da representação política petista nos últimos anos. No Estado no não foi a zero porque elegeu este ano três prefeitos. Mas não tem deputado estadual, federal, senador, vice-governador ou governador.

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1 Comentário(s)

  • Alberto Melhado ruiz
    18/11/2024

    linguagem chula e inapropriada ridicularizando o Pais no exterior.

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