O governador Wanderlei Barbosa lançou ontem um pacote de obras de R$ 700 milhões, divulgado como um “pacote histórico”. Em larga medida, recuperação de rodovias estaduais em petição de miséria.

A ação é necessária e o governo faz bem em desenvolvê-la. Eleitoralmente, por outro lado, Wanderlei tem somente até 2 de julho para participar de inaugurações.

O superlativo histórico governamental, entretanto, atrai para a roda outro pacote, só que de R$ 9 bilhões (que, pelo visto, apesar do valor não seria histórico), anunciado em julho do ano passado pelo ex-governador Mauro Carlesse do qual Wanderlei, o atual, era vice.

Esses R$ 9 bilhões aí (cerca de 90% de todo orçamento anual de então) ninguém viu. Até porque o governo não os tinha. Já os R$ 700 milhões de agora pelo menos mostram-se exequíveis pela realização de receitas.

Mas joga luz, por outro lado, no pedido de empréstimo de R$ 230 milhões que o governo pretende fazer no Banco do Brasil. Justamente para aplicação em obras de infraestrutura, inclusive de asfalto. Comprometendo receitas futuras.

Expediente que os atuais investimentos de R$ 700 milhões anunciados ontem negam sua necessidade, oportunidade e utilidade.

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