O governador Wanderlei Barbosa sentiu o baque da prisão do sobrinho e do cunhado. Normal no sentido dos afetos.

Judicialmente, o processo pode iluminar a co-relação (ou falta dela) do Chefe do Executivo com as acusações aos parentes.

A não inclusão de Wanderlei na operação da PF/STF da última terça aponta, até aqui, evidência de desconexão material no caso.

Mas na política (como na geometria) um ponto é uma reta. Wanderlei, desta forma, (e por causa disso) sangra politicamente há três dias sem defesa política.

Wanderlei tem uma maioria de 21 deputados estaduais, oito deputados federais e uma senadora que foram eleitos em sua base.

No Legislativo estadual, exceção a Vanda Monteiro, Eduardo Mantoan e Junior Geo, os demais banqueteiam-se com o Chefe do Executivo no orçamento.

Na Câmara dos Deputados o seu partido (Republicanos) tem dois deputados federais. No Legislativo estadual, o Republicanos elegeu sete deputados estaduais.

Inclusive o presidente da Assembléia, Amélio Cayres III, o Grande celerado por uma candidatura ao governo ao lado do "irmão governador". E que se estava calado, calado continua.

Deve ser, para Wanderlei, baque maior do que dos afetos, perceber até onde pode contar com sua maioria política.

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