A desconfiança de que integrantes da direção nacional do União Brasil (presidido por Antônio Rueda) e o PL (Eduardo Gomes) estivessem dando apoio à permanência do Agir na prefeitura da Capital (só possível com afastamento do prefeito Eduardo) devem ter acendido a luz vermelha no Podemos.
Tanto Gomes como Dorinha deram, publicamente, declarações apoiando a institucionalidade. No pico da crise (as primeiras demissões de Carlos Velozo e as conexões com o Monte Sião), a Senadora não explicou de forma convincente a reunião que teve com a CEO do grupo empresarial em Brasília.
Eduardo (e o Podemos) havia declarado apoio a candidatura de Dorinha Seabra. O UB federou com o PP que reivindica uma vaga de senador na majoritária para o deputado Vicentinho Jr (presidente regional do partido). Apoiado publicamente pelo prefeito Eduardo Siqueira.
E Carlos Gaguim (que negou reunir-se com Monte Sião mesmo tem indicativos contrários)) deixou circular nos últimos dias que já teria sua primeira suplente. Justamente Mila Rueda (Maria Emília Rueda), que vem a ser irmã do presidente nacional do UB, Antônio Rueda. Ainda que não estivessem definidos os nomes da chapa.
Uma chapa sangue-puro, pela lógica, expurga o Podemos. É estratégia com a qual não concordaria o deputado Vicentinho Jr (pre-candidato ao Senado pelo PP e aliado de Eduardo Siqueira) por motivos óbvios: reduz possibilidade de novas alianças, mais votos, fundo eleitoral e propaganda.
Eduardo teria, desta forma, como defendem aliados mais próximos, razões suficientes para não entrar na campanha de governador em 2026. Não poderia confiar nem em Dorinha ou Eduardo (da chapa governista).
E dedicar-se integralmente no pedido de votos a Vicentinho Jr que deu, no afastamento, demonstrações inequívocas de lealdade ao prefeito de uma capital de 300 mil moradores e 200 mil eleitores. Ou ainda fazer aliança com o PSD, de Irajá Abreu,que pode disputar a reeleição.