Ainda não se tem o resultado das urnas mas políticamente já se sabe quem perdeu ou ganhou ativo político nas eleições da Capital.

Carlos Amastha e Marcelo Lélis (e com ele a esposa Cláudia Lélis) devem sair menores do que quando entraram no processo eleitoral. 

Se Amastha cai, sobem Eduardo Gomes, Cínthia Ribeiro e Mauro Carlesse. E caem, por gravidade, também os senadores Irajá Abreu e Kátia Abreu, cujos partidos (PSD/PP) coligaram-se com a chapa de Amastha e Andrino.

A senadora Kátia Abreu anda mais próxima de Amastha que do Palácio, o que sugere o espectro eleitoral da oposição a Carlesse (e seu grupo) em 2022. E tem enfrentado críticas em Palmas, Gurupi e Porto Nacional.

Em Porto, o grupo dos dois senadores apoiou o candidato Ronivon Maciel, apesar do esforço político de Joaquim Maia (candidato à reeleição) em 2018 por suas campanhas eleitorais.

E em Gurupi, o então aliado prefeito Laurez Moreira sai magoado com o suposto apoio dos dois senadores ao candidato palaciano, a ex-deputada Josi Nunes.

Um apoio pouco estratégico dada a composição que se projeta na disputa de cargos em 2022 quando Carlesse, governador, deve disputar justamente a vaga da senadora Kátia Abreu. E que já teria os seus próprios aliados para a majoritária. E que por lógica receberia a escolha de Josi.

Eli Borges sai como Eli Borges, Junior Geo como Junior Geo, Alan Barbiero como Alan Barbiero e Nilmar Ruiz perdeu outra oportunidade política para retornar a mandatos. 

Vice de Tiago Andrino, reviveu 2018 quando teve a garantia de colégios eleitorais para deputada estadual na chapa de Eduardo Gomes e optou por compor com Marlon Reis, que lhe prometeu vaga na majoritária, como senadora, e depois a negociou com o PSD para eleger Irajá Abreu. Eleição que também elegeu Gomes e seus candidatos.

Politicamente darão lugar a uma nova ordem: Cinthia Ribeiro (caso eleita como indicam as pesquisas), André Gomes (irmão do senador Eduardo Gomes e que tem pretensões legítimas) e Vanda Monteiro. 

A liderança de Wanderlei Barbosa (vice-governador) dependerá da votação do irmão, Marilon Barbosa, que se equilibra na dependência da sobra de votos do Democratas.

Partido do Governador mas mais próximo do Democratas de Dorinha Seabra, aliada, como Gomes, de Cínthia em maior intensidade que suas relações com o Palácio de Wanderlei e Carlesse.

Aliás, Wanderlei tem tido jogo de cintura com o tratamento político que lhe dá o Governador. Teve jogada no liquidificador sua pretensão antiga de disputar a prefeitura de Palmas e ainda correria o risco de não ver o irmão reeleito.

Vanda Monteiro é provável não consiga votos para se eleger. Seus índices se assemelham a Geo, Borges e Lélis. Mas um porém: Vanda demonstrou no processo eleitoral que é assertiva, boa de briga e não desce o nível.

Pareceu mais preocupada com o texto que com o contexto. Com a cidade que com ideologia ao contrário do seu partido. E não jogou propostas vazias na propaganda eleitoral ou críticas desconectadas.

Demonstrou mais substância que os demais. É a oponente, a priori, que se apresenta com maior desenvoltura e sustentação à liderança de Cínthia Ribeiro e seu grupo político que se consolida. Sua retórica e oratória atraem, ainda que superficialmente, convencimento.

Podem refutar: teve mais grana. É verdade. Mas fez uso do que lhe permitia a Justiça Eleitoral e a bancada do partido (PSL) na Câmara. Se apresenta como ela é, não tergiversa como os três mais velhos na política palmense que ora dizem estar na oposição outras são situação e não apresentaram bandeiras factíveis com suas proposituras e nem como viabilizá-las.

Lélis, do PV, chegou a sair de fininho quando questionado sobre as intenções de Bolsonaro na Amazônia, onde na geo-politica está Palmas. Tinha um sem número de bandeiras (está aí o lago e os seus problemas, a liberação para loteamentos em áreas verdes....) mas optou por condenar o passado. O seu passado, lógico, já que escolheu deitar cobras e lagartos em Marcelo Miranda (responsável pelo mandato de vice de Cláudia) e Siqueira, que lhe proporcionou janela e sobrevivência política por anos.

Geo (aliado do Palácio nas votações no Legislativo) não convenceu demonstrando-se opositor. Alan tentou comparar a administração de Araguaína para contrapor-se à de Palmas.  E por aí vai.

Tudo isto aí pode ser modificado com as urnas. Mas é, pelas intenções de votos, um pouco dos desdobramentos do pleito municipal na cidade. E da política nos próximos anos.

 

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