O União Brasil (da fusão DEM com PSL) ainda não foi registrado (ou seja, na prática não existe) mas como era previsível, já nasceu dividido no Estado. O TSE tem três meses para autorizá-lo.

Contra a informação palaciana de que o governador Mauro Carlesse (presidente regional do PSL) teria sido escolhido presidente da nova legenda no Estado, a deputada Dorinha Seabra (ainda presidente regional do DEM) circulou nota explicando que nada está definido além da Comissão Instituidora, que tem como presidente Luciano Bivar (PSL) e da qual a deputada tocantinense é uma das vice-presidentes.

“As Comissões em todos os Estados de ambos os partidos DEM e PSL, permanecerão como estão, dessa maneira ainda não há nenhuma definição do comando nas unidades federativas”, diz Dorinha na nota, acompanhada de nominata da convenção.

O problema de Dorinha Seabra para manter-se no comando da nova agremiação reside nos próprios motivos que levaram o DEM a unir-se ao PSL: aumentar o número de deputados federais e, consequentemente, elevar os recursos partidários.

O DEM entrou na sociedade com 28 deputados federais e o PSL com 54 deputados federais. Ou seja, o PSL é explicitamente majoritário no negócio, situação bem posta nos cargos da Comissão Instituidora, presidida por Bivar (do PSL) tendo na vice, ACM Neto (presidente do DEM). É claro que isto não é tudo, mas representa uma régua. Haverá, por certo, negociações, um balanceamento das lideranças regionais e sua participação nacional.

Por simples raciocínio, deduz-se que Mauro Carlesse seja mais favorecido que Dorinha, apesar do respeito que a deputada tem da direção nacional do DEM. Voto por voto, o governador pode contar com o de Carlos Gaguim, podendo atrair outros. E ainda tem a máquina nas mãos para as eleições de 2022 quando pode agregar mais um  senador aos oito parlamentares da fusão.

Será uma briga boa. Ainda que, divididos no Estado, tenha mais prejuízos que benefícios. E tem menos de seis meses para administrá-la já que mudança de partido só na janela de abril.

O União Brasil surge já no primeiro lugar em verbas do Fundo Eleitoral (R$ 320 milhões) e do Fundo Partidário (R$ 138 milhões). Possui, também, o maior tempo de TV para as campanhas eleitorais. A expectativa das executivas nacionais de DEM e PSL é de ainda mais crescimento após o estabelecimento da nova legenda, visando o pleito de 2022.

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