A campanha em Palmas segue expondo vícios e virtudes dos candidatos. O eleitor daqui a duas semanas fará sua escolha e pronto.
Do que decidir, estará contratando o caos ou o cosmo e tudo o mais que poderá advir. De mais ou de menos.
Das oito eleições de prefeito de Palmas que acompanhei jornalisticamente desde 92, a de 2024 se mostra singular dada a exposição pública de falta de escrúpulos e a indisfarçável negação das regras eleitorais, éticas e morais.
Do Jornal do Tocantins, passando por O Jornal, O Sucesso, ou correspondente de O Estadão e o Globo por determinado período e agora no blog, não havia notado coisa igual.
Pior que as cédulas de dinheiro na fila de votaçao da primeira eleição lá no Canela. E que se pensara tivesse submergido com o lago.
Mais grave: seus executores se movem na maior naturalidade, à luz do dia ou da noite, em qualquer lugar onde possam jogar sua âncora e iscar assemelhados.
Confrontados com refratários a modos e formas, cuidam-se imediatamente de atribuir-lhes, aos resistentes, condutas mais compatíveis com suas réguas imorais.
Travestindo comércio de escolhas com livre expressão de convencimento legítimo, imputando aos seus antípodas a natureza ilegítima do que, na prática e, explicitamente, executam.
Não duvido que, por suas réguas incivilizadas e incultas ou desconhecimento de princípios básicos, ou por suas próprias formações pessoais ou culturais, imaginam-se “dentro das quatro linhas”.
Mais compatível, por certo, com a solidão de um quadrado de quatro paredes sem janelas e colchão de capim.
E aí o xadrez não é só uma expressão metafórica: a antecedente e ilegítima cooptação de apoios “por fora” ou com recursos do fundo partidário seria capaz de, no exercício da representação firmada, imiscuir-se de contrapartidas
Ou sequenciaria ao processo eleitoral a relação promíscua sobre os R$ 2,3 bilhões anuais do orçamento metropolitano. O equivalente a R$ 10 bilhões no quadriênio.
Com a vez, a PF, MPF, JF e Justiça Eleitoral. A situação e suas consequências sugerem atraso não só institucional, mas uma derrama nos cofres públicos dada a incontroversa possibilidade de loteamento do orçamento de 300 mil pessoas.
Para cobrir ou reaver o custo investido.
Uma cidade que assiste inerte à legitimação do processo em curso.
Um retrocesso não só administrativo ou político. Mas seguramente um prejuízo institucional indiscutível à Capital e ao Estado.
Entes com pouco mais de três décadas e criados justamente para ser diferente do que parece agora, determinados setores querer revolver, com garras mais afiadas, tão insolentes quanto crentes e impunes.