Uma coisa puxa outra. O Comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Reginaldo Leandro da Silva, pode ter que dar outras explicações como já está sendo instado a fazer por, ao invés de apurar denúncias de supostos assédios e abusos na Corporação, optar por denunciar a denunciante.

É que no Corpo de Bombeiros é obrigado a dar ordens também à própria esposa, a médica Cristhiane Vitor Silva Vilela. O problema é que a médica é colocada à disposição do Corpo de Bombeiros para o exercício de uma carga horária de 40 horas semanais. Ou seja, oito horas por dias de segunda a sexta. Reginaldo é o comandante dos Bombeiros desde abril deste ano.

Paralelamente, entretanto, a médica manteria uma Clínica de Medicina Estética na Capital. Ou seja: ou a médica estaria, deduz-se, atendendo em sua clínica particular à noite ou só nos finais de semana, ou não estaria cumprindo a carga horária no Bombeiros. Algo perfeita e facilmente constatável por um singelo telefonema.Assim como, pela lei das possibilidades, possível. Ainda que com muito esforço.

Sua remoção para o Corpo de Bombeiros foi efetivada no Diário Oficial do Estado no dia 10 de setembro de 2018, mas assinada pelo secretário da Fazenda e Planejamento, Sandro Henrique, no dia 6 de setembro de 2018, com data retroativa a 14 de agosto. Disposição até o dia 31 de dezembro de 2018.

A esposa do comandante dos Bombeiros é funcionária concursada da Prefeitura de Palmas e está à disposição do governo. Deve ser uma técnica competente e não se está levantando suspeitas de condutas.

Mas o fato leva a aparência de impropriedade por força das circunstâncias administrativas atraindo acusações de nepotismo que é justamente o favorecimento de parentes na administração pública.

Pelo marido, mais grave ainda. Ainda que sempre se possa dizer que não tivesse sido a seu pedido e que dele não fizesse conta, a relação de parentesco e o conflito com a legislação que a subordinação provoca, é indiscutível.

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