O Tesouro do Estado terá nesta sexta depositadas receitas de R$ 222,4 milhões da 2ª cota do FPE de dezembro. No mês (as duas parcelas do FPE) somaram R$ 417,973 milhões.
Isto é 14,9% superior às duas primeiras parcelas de dezembro do ano passado que totalizaram R$ 363,690 milhões. A inflação acumulada em 12 meses é de 4,46%.
Como a folha líquida do funcionalismo gira em torno de R$ 300 milhões e a arrecadação tributária (transparência desta sexta) situa-se na faixa dos R$ 500 milhões, não teria dificuldades para pagar salários e o custeio.
Mas gastou mais do que arrecadou e é obrigado a fazer malabarismo orçamentário para fechar as contas.
A contabilidade política não fica por aí.
Se no Congresso a unanimidade da bancada é bolsonarista (aprovou a redução da pena por tentativa de golpe de estado e busca trazer Bolsonaro de volta), no Estado, observadas as transferências de recursos federais, razão não lhes assistiria para defendê-lo no retorno sob o ponto de vista da população.
Nos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, o Estado (governo e municípios) recebeu da União de transferências constitucionais (em quatro anos) o montante de R$ 29,452 bilhões (números da Secretaria do Tesouro Nacional nesta sexta).
Já nos três primeiros anos de Lula, estes repasses chegaram até o último dia 14 de dezembro de 2025 (última atualização) a soma de R$ 31,247 bilhões. Significa R$ 1,795 bilhões a mais com um ano a menos de administração.
Se verificarmos apenas as transferências ao Estado/governo (nos dois governos bolsonaristas/Carlesse/Wandereli/Laurez), Bolsonaro repassou em quatro anos (2019/2022) o total de R$ 19,406 bilhões contra os R$ 19,834 bilhões de Lula em três anos.
O desempenho também se dá nas emendas parlamentares de deputados federais e senadores. Nos quatro anos de Jair Bolsonaro, a União repassou ao Estado (governo e municípios) de emendas parlamentares (individuais e de bancada) R$ 1,137bilhões no quadriênio. Nos três primeiros anos de Lula foram R$ 1,869 bilhões.
A bancada, metaforicamente, deve imaginar que a população defenderia o menos ao mais. Contrariamente ao que disse o resultado das urnas no mesmo período no Estado.
















