Mais dois ex-governadores criticaram (Jornal do Tocantins) a lei aprovada pelos deputados que disponibiliza segurança a ex-chefes do Executivo: Moisé Avelino e Siqueira Campos juntaram-se a Marcelo Miranda na crítica ao objeto que, por óbvio, tem endereço no atual, Mauro Carlesse, tido como autor da iniciativa referendada pelo parlamento.

 A argumentação é a mesma: o custo à população. De outro modo: faria melhor o governo tê-los exercendo suas funções em favor do contribuinte. Não é, evidentemente, uma jabuticada tocantinense. O expediente já existe em outras unidades da Federação. 

E os ex-governadores tem o direito constitucional (e político) de exercerem suas avaliações até porque como ex-governadores que são teriam a obrigação não só moral mas política de auxiliarem na condução do Estado.

Como é também deduzível, apesar da disposição legal (há um decreto presidencial e uma lei federal a constituindo) é indiscutível que os policiais (militares ou civis) teriam melhor aproveitamento, do ponto de vista de suas finalidades, nas ruas dando segurança à comunidade da qual também fazem parte os ex-governadores.

Mas vejam só: os ex-governadores que se levantam contra o efetivo de segurança aprovado pelo Legislativo pretextando colocá-lo nas ruas em favor da população, pouco (ou nada) fizeram para eliminar a disponibilidade de 700 policiais militares e quase uma centena de civis em desvio de função no Estado nestas três décadas. São quatro mandatos de Siqueira e três de Marcelo.

Muito pelo contrário: foram expandindo as disponibilidades até este número que representa cerca de 20% de todo o efeitivo de 3 mil e 660 policiais militares para uma projeção de necessidade de 9 mil PMs. Um déficit de 5 mil e 340 policiais. Chegou-se à equação de se ter mais oficiais nos gabinetes que policiais nas ruas.

Tanto nos governos de Siqueira quanto de Marcelo, por exemplo, policiais da reserva (outros que simplesmente haviam pedido demissão não só na PM mas na Civil) foram reincorporados à folha salarial pública. Sem novo concurso. Alguns mesmo desligados por incompatível com mandatos eleitorais, foram reintegrados e promovidos a oficial ainda que estivessem desligados (exonerados) por anos.

Hoje há uma média de um PM para cada 436 pessoas no Estado. Só na Capital, para cada 180 pessoas existiria um policial. De outro modo: quase metade (50%) do efetivo (1.600) estariam proporcionalmete em Palmas que tem apenas 19% da  população do Estado.

A segurança de ex-governadores, com efeito, é mais plausível e defensável (tanto pela lógica quanto pela legislação que a permite) que as disponibilidades políticas. Ou recontratação de policiais demitidos a pedido ou não que elevam a folha e enfrentam a legislação. O que levaria as críticas dos três ex-governadores para o território político.

E se assim o fazem, devem ter seus objetivos que não mera defesa da população e, por lógica, se colocariam os críticos em oposição aos de Mauro Carlesse adicionado à vidraça como se lá não estivessem mais nítidos e há mais tempo os atuais varões de Plutarco.

 

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