Confusão pouca é bobagem. Depois do “pedido de impeachment de Laurez” vem a público Notícia de Fato protocolada pelo PSB junto ao ministro Nunes Marques.
Marques é o ministro responsável por julgar o agravo regimental de Wanderlei e que está sem movimentação desde 20 de outubro.
A Notícia de Fato reverbera apontamento deste blog no último sábado sobre a imprudência de Wanderlei Barbosa de receber (e divulgar) deputados que são investigados na mesma operação que o afastou (aqui https://www.luizarmandocosta.com.br/noticia/wanderlei-nao-perderia-nada-em-ficar-mais-esperto-nas-recepcoes-e-ostentacao-de-encontros-com-deputados-investigados-pelo-stj-no-mesmo-inquerito-que-responde/52085)
Na Notícia de Fato (assinada pelo advogado Marlon Reis), o PSB (que é autor de um dos pedidos de impeachment de Wanderlei) aponta o óbvio:
“ Conforme exposto, fatos públicos e notórios, documentados exaustivamente pela imprensa local (Doc. Anexos), demonstram que o Governador afastado Wanderlei Barbosa, cujo afastamento visa garantir a lisura da instrução criminal, mantém contato direto e articulação política ativa com os Deputados Estaduais que são, igualmente, investigados na mesma operação.”
(...) A proximidade e o contato direto entre os investigados, facilitados pela manutenção de seus cargos e funções de poder (especialmente na Mesa Diretora da ALETO), cria o risco iminente de combinação de versões, destruição de provas ou influência sobre testemunhas, violando a própria ratio decidendi que fundamentou o afastamento do Governador pelo STJ.”
Um ingrediente a mais a somar-se à inércia processual que sinaliza a manutenção do afastamento do Governador.
