A vereadora Janad Valcari foi, inequivocadamente, do ponto de vista político, a grande prejudicada com a associação do seu nome à operação Pisadinha que busca investigar desvios de recursos públicos em Porto Nacional em cujo vértice supostamente estaria o seu ex-marido.
A vereadora, com efeito, recebe um pouco do que dá. Na quarta disse da tribuna que deseja ver a prefeita Cínthia Ribeiro na cadeia, desfilou um rosário de denúncias sem apresentar provas e constrangendo os demais vereadores, atropelou o regimento. Ali, tudo indica, já não tem mais ressonância suas diatribes.
O MPE informou que Janad não era investigada mas não deu explicações convincentes sobre os motivos da busca e apreensão na residência da presidente da Câmara, dado que a própria Janad já havia, no primeiro semestre, declarado, na tribuna, que era divorciada.
E Janad o tivesse aceito constrita sem refutar a ação da polícia e o espalhafato na entrada do prédio onde mora que, por força dos envolvidos, era dinamite pura. Especialmente a um ano das eleições.
Como o MPE tem um serviço especial de investigação e de inteligência (com policiais e delegados), é implausível que não tivesse informação da moradia, de fato, do ex-marido procurado, para sustentar a argumentação de Janad do equívoco de endereço declarado à Receita.
Ou teria, por dedução lógica, desconfiança de que, mesmo separado, o investigado pudesse ter alguma relação com o endereço anterior. E é aí que mora o perigo para Janad.
Janad, que é advogada, optou por agir como a política desastrada que tem sido. Apontou o dedo novamente para a prefeita Cinthia Ribeiro e que estaria sendo perseguida em função das denúncias que faz na Câmara. Num processo do Ministério Público e juizado de Porto Nacional.
Seria certamente mais prudente rever estratégia de defesa. Ou de ataque.