O prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, defendeu ontem a discussão do preço do deságio no trecho da Norte-Sul cuja concessão e exploração o governo federal promete para março.

Disse Maia ao T1 Notícias, da jornalista Roberta Tum: "O que acontece é a abertura de mais uma oportunidade de crescimento de Porto Nacional. A partir desta abertura nós podemos escoar e receber produtos que venham da região Sul e Sudeste do país e distribuir para o Tocantins".

E cobrou o aumento da diferença do deságio entre o preço ferroviário e rodoviário, cobrando atitude do governo federal neste sentido.

A não ser que Maia esteja vendo Luzimangues apenas com barriga de aluguel de Porto Nacional ou vice-versa, não há evidências de que a cidade poderá receber benefícios (além do ICMS cobrado em Luzimangues) com a licitação em tela, mantida as atuais circunstâncias. Ali, por exemplo, grandes empresas que ao redor da produção da soja, estão praticamente fechadas.

Isto porque Porto está, do ponto de vista da logística do transporte da produção, completamente desligada, tanto da ferrovia Norte-Sul quanto da BR-153, corredor para o Sul e Norte do país, com a interdição da ponte sobre o rio Tocantins.

Antes do deságio que, nas palavras do prefeito, poderia beneficiar Porto, haveria de ter produção, transporte e, depois, a discussão de preço.

A cidade tem produção e por ali passa também a produção do Sul do Estado e Oeste da Bahia que seguem de rodovia até Palmas para chegar ao terminal de Luzimangues, justamente porque a ponte está interditada.

Essa produção de passagem não gera nada na economia local e ainda eleva os custos ao produtor e à população pelo desgaste de caminhões pesados numa via de grande movimentação dada a proximidade de Porto a Palmas.

E não se viu, até agora, Joaquim Maia erguer trincheiras pela construção de uma nova ponte ou reparação da existente. Ou movimentar os seis deputados estaduais, dois federais e senadores majoritários no município.

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