Duas informações tem sido tratadas como o ó do borogodó no meio políticos nos últimos dias: as licenças da deputada Dorinha Seabra e do deputado Osires Damaso para a posse dos suplentes Tiago Andrino e Lázaro Botelho.

O ex-prefeito Carlos Amastha (PSB) tratou o fato (posse do suplente Andrino na vaga de Osires) com superlativos (“ponto alto da nossa política” na entrevista ao T1 Notícias) e os aliados de Dorinha como um reforço à sua candidatura ao Senado.

Certamente referia-se Amastha à sua própria política (e não do Estado) quando, por outro lado, estaria apontando – com o tal ponto alto do projeto - o que seria o seu  perímetro: assunção de um apadinhado (maxime altruismo, sequer ele próprio) à suplência de deputado federal.

O empuxo de Carlos Amastha (ainda prefeito da Capital, maior colégio eleitoral do Estado) não foi, com  efeito, suficiente para evitar a perda de votos do suplente Andrino nas duas últimas eleições para deputado.

O ex-vereador viu despencar seus votos para deputado federal de 36 mil e 397 (2014) parra os 22 mil e 538 (2018). Em ambas conduzido por Carlos Amastha. Em 2020, com o nome Thiago Amastha, saiu-se com a quarta votação para prefeito de Palmas.

Estaria, assim,  dentro do seu limite estabelecido como o parâmetro de ponto mais alto da política amasthiana como expressada pelo próprio preletor e guia.

Já Lazaro Botelho viu minguar seus votos de 42 mil e 935 (2014) para os 36 mil e 397 votos que amealhou em 2018, na última eleição estadual.

A Damaso, a entrega do cargo temporariamente a Andrino pouco acrescenta à sua candidatura ao governo posto a aliança PSB/PSC se realizaria com o sem suplência.

Osires está em ascensão, Amastha gastou os últimos quatro anos passeando pelo planeta enquanto a população padecia dos males do governo que o derrotou por pouca margem de votos em 2018. Ou seja, perdeu ativos e espaço, algo fundamental em política.

Já Lázaro tem pouco a oferecer a Dorinha Seabra. O PP (onde é filiado) é presidido no Estado pela senadora Kátia Abreu, em confronto direto com a deputada federal pela única vaga de Senado em disputa.

Não vai levar tempo de rádio e tv, propaganda partidária, fundo partidário ou fundo eleitoral para a candidata do União Brasil. E ainda vai ficar em cima do muro, se apóia Wanderlei  Barbosa (do qual é aliado) ou Ronaldo Dimas, o cabeça da provável chapa de Dorinha.

No popular: uma troca, em ambos os casos, de seis por meia dúzia.

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