Cinco governadores de direita (e extrema direita) do país decidiram formar um consórcio de segurança: GO/MT/MG/SC/RJ.
Segurança nos Estados, pela Constituição, sempre foi dos Estados. Convém lembrar. Se o federal entrar sem ser solicitado, caracteriza intervenção.
O clubinho, assim, pretextaria tão somente empoderar o governador do Rio na matança de 121 pessoas. São os mesmos que impedem o avanço da PEC da Segurança no Congresso.
Cláudio Castro (RJ) é do PL. Aquele de Jair Bolsonaro. Partido que votou ontem na Câmara maciçamente contra a urgência no projeto que propõe tolerância zero a devedor da União. No colarinho branco de sonegadores, menos rigor que nos sem colarinho nas favelas.
O dado positivo é que a urgência passou. Mas ficaram registrados os dois votos contrários dos parlamentares do Estado: Eli Borges e Filipe Martins. Ambos do PL que com o senador Eduardo Gomes e Dorinha Seabra (UB) propõem governar o Estado.
Borges e Martins também votaram favoráveis a PEC da Blindagem que livrava parlamentares de investigações criminais. Eles foram dois dos 50 votos contrários à urgência ontem.
Resta saber se o PL no comando do Estado pediria vaga nesse consórcio de direita. Um grupo que possui os maiores índices de letalidade policial do país.
Em São Paulo foram (em 2024) 813 mortes em intervenções policiais, Rio (702), Goiás (372), Mato Grosso (214) e Minas (200). No Tocantins foram 50 mortes em intervenções policiais no ano passado.
 
                         
                                                                    















