Num dos últimos atos à frente da Procuradoria Geral do Estado, o agora ex-procurador Klédson de Moura Lima, demitido, a pedido, na noite de ontem, deixou um enigma.
Publicou no Diário Oficial (de ontem mesmo) a rescisão do contrato de locação de um imóvel com a Universo das Tendas.
O contrato (que foi assinado em 23 de agosto de 2024) era justificado desta forma: referente a prestação de serviços com locação de imóvel, para atender as necessidades dessa PGE/TO.
O contrato foi assinado pelos representantes da Universo das Tendas (Anderson Barbosa de Vasconcelos) e uma diretora da Vale Imóveis (Fernanda Oliveira do Vale).
Para essa Vale a PGE pagou entre 2023 e 2024 o valor de R$ 1 milhão. Só tem um contrato (com pagamentos) (Portal das Transparências), Não há pagamentos para a Universo das Tendas entre 2023 e 2024.
A Universo tem sede na Cidade Jardim (Goiânia) e a Vale registra endereço na Capital.
A dúvida é porque uma empresa de tendas se uniria a uma empresa de locação, para assinar um contrato de aluguel de imóveis com a Procuradoria.
E de R$ 100 mil mensais. Valor dos empenhos, liquidação e pagamentos mensais.
Outra: que imóvel seria este dado que o Diário Oficial não informa. Extraoficialmente, servidores segredam que é um imóvel locado ao lado da Junta Médica do Estado.
E que a PGE estaria pagando aluguel desde o ano passado sem dele fazer uso.
A Vale encaminhou nota ao blog dizendo que tudo foi dentro da legalidade e que apenas administra a locação. Leia:
*Nota ao Blog Luiz Armando Costa*
A Vale Imóveis informa que o contrato entre a Universo Tendas e a Procuradoria Geral da República (PGE) cumpriu todas as premissas legais e valores de mercado, tendo sido concedido, inclusive, um desconto no valor e prazo de 90 dias sem cobrança de aluguel, a pedido do locador, para as providências necessárias para a ocupação.
O contrato de locação mencionado na reportagem se refere a um prédio novo, no Plano Diretor, com 2600 metros quadrados, dois andares e dois elevadores. A Vale Imóveis, na pessoa de sua proprietária Fernanda do Vale, é apenas a imobiliária que administra o contrato de aluguel e não possui informações do motivo da procuradoria não ter realizado a mudança para o local alugado.
Foi realizada a rescisão contratual, a pedido da PGE, dentro do prazo legal, sem nos apresentar o motivo.