A crise do governo nesse início de semana provocou, para não variar, reações da oposição no Legislativo. Os deputados, na verdade, tem a obrigação constitucional de fiscalizar o Executivo todos os dias.

O deputado Junior Geo aproveitou a deixa e saiu coletando assinaturas para a criação de uma CPI do Plan-Saúde.

O problema está no fato colocado: o deputado quer verificar a regularidade do "processo de contratação" da empresa para administrar o plano. E dentre as justificativas, os desvios da operação Marcapasso.

Ora, o governo contratou essa empresa em agosto de 2018. Há um ano, portanto. E a contratação ocorreu depois da Operação Marcapasso, deflagrada em 2017!!!!

Pode-se argumentar que Junior Geo não estivesse no Legislativo em 2018 ou 2017. Mas o que dá sustentação a uma CPI é o fato definido.

Não haveria, certamente, racionalidade (até jurídica) para deputados questionarem termos de uma contratação doze meses após sua assinatura (justificando-a com fatos mais pretéritos ainda) e que não o fizeram no prazo em que já se adquiriu direitos e evidências de boa fé contratual. Ainda que se possa contraditar resultados.

Mera janela de oportunidade política. E que se note: o deputado poderia questionar a própria contabilidade do Plan-saúde e da empresa. Mas não o faz: vê irregularidade na contratação há um ano.

Deixe seu comentário:

Ponto Cartesiano

Caiu como uma bomba no governo estudo realizado pela Firjan (divulgado pelo Metropoles no domingo) de que apenas quatro dos 27 Estados fechariam 2024 no azul. Ou seja, sem d&e...

Recheados de símbolos e intenções transversais os discursos do senador Eduardo Gomes e do governador Wanderlei Barbosa no sábado, a tomar as dec...

A jornalista e pré-candidata a prefeita, Roberta Tum (PCdoB) fez ontem uma resenha dos últimos dias. Assino embaixo. Só faço uma anota&cced...