O MDB tem candidato ao governo em 2022. A afirmação foi feita ontem ao blog pelo ex-governador Marcelo Miranda (na 1ª entrevista que diz ter concedido após a ação da Justiça Federal), depois de ter recebido cumprimentos do presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi, pelo desempenho emedebista no Estado. “Os emedebistas mostraram que o MDB está vivo, tem início, meio e finalidade”. Para ele, o MDB saiu das urnas com musculatura suficiente para enfrentar o grupo do governador Mauro Carlesse que, para o ex-governador, foi eleito num vácuo de liderança política.

Considerando-se injustiçado pelo processo da Justiça Federal (anulado pelo STF e remetido à Justiça Eleitoral), diz que vai andar pelo Estado. Marcelo, se não tiver nova condenação, estará elegível em 2022 e teve recentemente suas contas de governo (2018) aprovadas pelo TCE e Legislativo.

O partido tem ainda como potencial candidato o senador Eduardo Gomes. “O partido é quem escolherá o candidato”, citou o ex-governador realçando a natureza orgânica da legenda. Segundo ele, um governador para ser eleito no Tocantins tem que conhecer o Estado e as pessoas. “Tem que conhecer, por exemplo, o povoado Ronca (em São Bento, no Bico) e as pessoas pelo nome”, situou, sugerindo que Mauro Carlesse não conhecesse nem as cidades nem as lideranças.

Para Marcelo, os eleitores deram um recado muito claro ao governo: a população tem opção e esta seria o MDB que elegeu 23 prefeitos (o segundo partido no número de prefeitos) e 221 vereadores (o 1º). Seguindo o desempenho nacional dos 715 prefeitos, 7.232 vereadores e 10,9 milhões de votos para chefes de executivos municipais no país. O melhor desempenho entre os partidos. “O MDB mostrou que tem musculatura política”.

“Precisamos devolver as chances de futuro à população”, pontou chamando a atenção para o que considera falta de projetos no Estado. Para ele, nas visitas que tem feito aos municípios, as pessoas ainda fazem uso dos óculos do Governo Mais Perto de Você (um de seus programas). Lembram-se do Luz no campo (programa em parceria do governo federal que levou energia a 40 mil propriedades rurais), das barraginhas e dos conjuntos habitacionais. “Hoje não se vê isso, o governo tem pontos positivos, mas falta projetos, as pessoas estão cobrando obras importantes”, citando a necessidade de atração de indústrias e a logística de transporte.

Isto tudo, para ele, não tem a preocupação da maioria parlamentar. Marcelo realça a falta de massa crítica no Estado. Diz que quando governava pelo PFL tinha 22 deputados na sua base, mas respeitava os dois deputados do MDB, Júlio Resplande e Josi Nunes, que, segundo ele, realizavam uma oposição consciente. “O MDB faz uma oposição construtiva”, disse Marcelo, citando os cinco deputados do partido.

O ex-governador refuta, agora, que tivesse deixado salários dos servidores atrasados. “Pagava com dificuldade, mas pagava”, realçando que apesar das dificuldades não deixava de pagar data-base, promoções e progressões, diferente, segundo ele, do atual governo. “Defendo a realização de concursos, valorização do servidores, cursos de aperfeiçoamento e uma melhor estrutura para as polícias, especialmente a Polícia Militar, não tem condições de cobrir todo o Estado com o efeito que possui”.

Outra questão que Marcelo faz questão de colocar é sobre a ponte do rio Tocantins em Porto Nacional. “Siqueira licitou e homologou”. O ex-governador diz que deixou R$ 60 milhões reservados para o início da obra (“não seria irresponsável de autorizar início das obras sem recursos”), que deixou contrato assinado com a Caixa (“os deputados demoraram oito meses para aprovar, tive que pedir a Carlesse/então presidente, pela votação”).

“Depois das eleições estamos elegendo prioridades, organizando e planejando, vou andar o Estado todo. Já falei com todos (os prefeitos e vereadores) que ganharam e perderam e com candidatos de outros partidos”, explicitou Marcelo para quem o mais importante é a união demonstrada pelos emedebistas nas eleições deste ano. “Teremos candidatos majoritários, governador e senadores e serão eles, os emedebistas, que definirão os nomes”, pontuou.

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2 Comentário(s)

  • Wirtha Gonçalves
    26/11/2020

    Esse sim é nosso futuro eterno Governador. Avante Marcelo Miranda

  • Junior Aguiar
    26/11/2020

    Esse cidadão ex presidiário não merece ser nem candidato, quanto mais governador do Estado do Tocantins, falo como filiado MDB de Gurupi, fora Marcelo.

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