Os acionistas da Energisa Tocantins (distribuidora de energia no Estado) tiveram um lucro líquido de R$ 206 e 594 mil contra os R$ 178 milhões e 354 mil distribuídos em 2019. O balanço da empresa foi publicado no DO no último dia 22 de março. Uma correção no lucro líquido real de 15,73% já retirada a inflação do período que ficou em 4,52%.
A origem do lucro não é de difícil entendimento. A empresa teve em 2020 uma receita operacional da ordem de R$ 1 bilhão e 649 milhões. Valor 1,16% acima dos R$ 1 bilhão e 630 milhões da receita operacional de 2019.
E onde está o busílis: Os 618 mil consumidores pagaram à empresa em 2020 por 2.158.701 MW/h esse R$ 1,649 bilhão. Em 2019, os consumidores, em menor quantidade (599 mil) pagaram por 2.176.129 MW/h aquele R$ 1,630 bilhão.
De outro modo: apesar de em 2020 ter sido registrado um número maior de consumidores, apresentou consumo menor de energia. Como o preço pago é por consumo (e não por consumidor), um aumento de arrecadação só justificaria com aumento de consumo. E não redução.
Tem-se aí o que os marxistas denominavam de mais valia: aumento de ganho do capital com a mesma mão de obra. No caso, pior ainda: com menos produto.