Não restam dúvidas de que Janad Valcari tem adicionado ativos políticos com suas ações circunstancialmente tão superficiais quanto os generosos espaços que lhes concedem setores da imprensa.
Se a maioria dos jornalistas o faz de boa fé (desconhecimento de campo e território ou repertório insuficiente), da vereadora não se poderia justapor coisa igual. Nada mais eloquente do que a lupa do Ministério Público em Porto Nacional, Paraíso, Gurupi, Paranã, para ficar só nestes.
Tomando como referencial a informação desta terça de que a Justiça teria concedido liminar obrigando a Prefeitura a repassar o duodécimo à Câmara de Vereadores, presidida pela parlamentar, tem-se como consequência direta que Cínthia Ribeiro não estaria cumprindo a Constituição, negando-se a repassar o duodécimo ao Legislativo.
E ela (a informação) é destacada quando a Prefeitura já teria feito o repasse que havia sido prejudicado por três dias em função de problemas operacionais de inconsistência de sistema, de conhecimento das partes envolvidas.
Dentre eles, do recálculo dos valores com os acréscimos ao duodécimo provenientes do superávit na arrecadação registrado no primeiro quadrimestre. E a Câmara não opera no mesmo sistema da Prefeitura.
Tudo de conhecimento da própria Janad Valcari. O superávit de R$ 140 milhões, as inconsistências operacionais (que atrasaram inclusive a entrega do balanço do quadrimestre pelo Legislativo) e os cálculos do duodécimo que tem que passar pelo TCE.
Ou seja, a cautelar que a Justiça concedeu a Janad, se já não tinha sentido por força das razões ponderáveis (tornando a ação por si só produto do imponderável), não teria, hoje, mais objeto.
Mas Janad já teria uma ação "vitoriosa" contra Cinthia (que elegeu não como adversária política mas inimiga pública número um) para chamar de sua naqueles três dias de problemas no sistema.
Janad passou-se pela mão que balança o berço, o arquétipo da resistência a “tudo que está aí”!!
Ah!!! Não vi nos últimos anos qualquer juiz ou desembargador conceder cautelar obrigando o governo do Estado a cumprir religiosamente o duodécimo dos poderes. Descem a "ripa" nos atrasos (que são públicos) no particular, mas silenciam no público.
Ou seja, Janad deve ter algo especial E Cínthia não os tem!! Uma coisa, como lógico, eliminaria a outra.
