A presidente da Câmara Municipal de Palmas, Janad Valcari, excedeu no seu papel de Janad Valcari hoje. Inconformada com os artigos deste blog e impossibilitada por insuficiência de fundamentos e do cognoscente, decidiu atacar-me (informam as redes sociais) a refutar os apontamentos avaliando sua mais primária tentativa de desestabelecer a prefeita da cidade em plena pandemia com denúncias sem fundamento.

Poderia processá-la (e ela como advogada, se atuou no ramo, sabe disso) mas não vou porque respeito o Legislativo municipal que acompanhei nascer, as regras democráticas e o cargo que ela ocupa,legitimamente concedido pelo eleitor. Racionalmente, na verdade, a presidente atacava o meio sem refutar a mensagem. Sem condições de enfrentar de frente Cinthia Ribeiro, apontou sua boca e corte de lupanares da Belle Époque para o blog.

Mas ela, em pouco mais de três meses, já deu mostras de pouco se importar com esse negócio de língua e de lógica. Não à toa a confusão que parece fazer entre público e privado. Ela assumiu o cargo parecendo que estivesse conquistando mais que uma vida de princesa que já possuísse, um espelho para refletir sua vida de princesa,  quando assumia um cargo público com obrigações de prestação de contas de seus atos.

Quando a presidente circunstancial da Câmara Municipal, Janad Valcari, nasceu (18 de março de 1.984) os livros me encontravam no 5º ano do curso de direito da Universidade Federal de Goiás. Orientado por professores como Darci Coelho, Zuza Pereira, Leopoldo Dayrel, Byron Seabra,. Getúlio Targino, Arthur Rios, Jerônimo Geraldo de Queiroz, Antônio Luiz Maia e tantos outros que me permitiram beber de seus conhecimentos. Mas pouco  importa, ela também disso não sabe para emitir juizo de valor. 

Janadi ainda não era (não era de Ser, de existir, frise-se) quando em 78 junto com amigo (e a seu convite) jornalista Tião Pinheiro, iniciamos na atividade jornalística no jornal Folha de Goiaz (com Z mesmo), dos Diários Associados de Assis Chateaubriand. E que me levaria, próximo de uma formatura, a optar pela atividade a advogar. Viria depois corrrespondências de O Globo, Estadão, editoria O Jornal e assim por diante.

Quando Janad tinha quatro meses e 12 dias, eu deixava o jornal para assumir a função de assessor de imprensa da Caixa Econômica Federal por concurso público nacional, depois de passar (também por concurso) pela assessoria do IAPAS que talvez Janad não saiba o que fosse. Era época da ditadura que Janad também não conheceu mas que se apropria agora dos mesmos expedientes militares de mandar outros calar a boca ou fazer uso de intimidações para desmoralizar a mensagem.

Quando Janad completava sete anos, eu deixava Goiânia para coordenar a assessoria de comunicação da Caixa Econômica Federal no Estado. Superintendência criada a partir de processo que montei na coordenação de Comunicação da Caixa em Goiás em 89 (quando Janad tinha cinco anos) e após percorrer todo o Estado em aeronave cedida pelo então governador Siqueira Campos (pilotada pelo amgio André Calls que Janad talvez não conheça e não tenha sido apresentada ao seu pai ex-ministro Cesar Calls) na busca de cidades que pudessem abrigar uma agência da Instituição.

Janad não tinha completado sete anos quando eu já compatibilizava a assessoria de imprensa da Caixa com a coordenadoria de Redação do Jornal do Tocantins em Palmas, onde desde 91, fui repórter de política, editor de política, colunista, editorialista, sub-editor e editor executivo, onde ainda hoje (há três anos) assino uma coluna semanal de comentários políticos. 

E que deixei em 2002, quando Janad já devia estar começando a ir nas baladas de Palmas, por outro desafio, aí sim, uma assessoria que eu via incompatível com a redação. Assessoria que prestei por 17 anos,  deixando-a também porque achava incompatível com o blog que coloquei no ar quando Janad talvez ainda estivesse no frescor dos seus 26 anos, em 2010.. Mas ela não entende disso.

Janad aos 37 anos não sabe muita coisa. E parece não saberá. Especialmente a dialética do Não. Ela não sabe quando o Sim é Sim o quando Sim é Não. Ou quando o Não é Sim e Não. Seu parcos conhecimentos não entenderiam os motivos de um jornalista com mais passado que futuro, depois de todo esse inferno delicioso de ser jornalista, preferir continuar jornalista a fazer o papel de advogado empresário.

Ela nunca entenderá porque um jornalista-assessor (como me denominou hoje por expor seus equívocos no exercício do cargo), depois de décadas, escolha simplesmente ser jornalista, mesmo consumindo miolo de cérebro para comprar miolo de pão. Como advogado, poderia processá-la por me chamar de serviçal da prefeitura. Os amigos e inimigos que conquistei nestas três décadas em Palmas (políticos, magistrados, jornalistas, promotores, delegados, enfim) sabem do meu modo de vida e do que faço.. Especialmente do que não seria capaz de fazer. Mas isto ela também não sabe.

Mas prefiro que ela aprenda mais essa lição: não é porque a presidente circunstancial da Câmara de Palmas (Instituição que vi nascer já como jornalista e quando ela tinha pouco mais de cinco anos) tem negócios fora da Câmara que irei adentrar que estivesse fazendo negócios na Câmara. Políticos e presidentes são passageiros. Estão de passagem. O jornalismo, não. Isto porque tem momentos que o Sim é Sim e o Não é Não.

Janad deveria voltar correndo para os seus negócios. A atividade de vereadora não está sendo-lhe lucrativa. Essa é a nossa diferença fundamental: a atividade que escolhi me preenche. A dela, parece, deixa-lhe um vazio imenso.

Depois disso e não por causa disso,  é que pilhas de livros nos separam. Mas isto também é capaz de não entender.

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1 Comentário(s)

  • Zacarias Martins
    13/04/2021

    Bravíssimo!

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