A "coisa" começa a se complicar para o governo e o prefeito de Porto. O vereadores da cidade (e Luzimangues) já gritam pelo caos que reina no município com as 121 mortes da Covid-19 e sem UTIs, médicos e atendimento hospitalar seja adequado ou adequando.

Muito embora o Hospital Regional da cidade exista há quase  oito décadas. Com efeito, a 60km do Palácio Araguaia - sede do poder estadual - a cidade já era até ontem a quarta em número de contaminados e mortos do Estado. Com viés de subida.

De passado de excelência de atendimento por médicos tão competentes como compromissados com a população. Ou seja, o atendimento de saúde pública na cidade teria desgringolado com a criação do Estado quando, paradoxalmente, a política passou a ser comandada por jovens forjados no período em que o Hospital da Osego, Fundação Sesp e ComSaúde tratavam a questão como compromisso de saúde pública e não compromisso político-partidário. Não aprenderam a lição e, se não rebuscam seus antepassados, não terão futuro nem história substanciosa, matéria prima de seus atuais cargos.

Porto Nacional, repita-se, tem sete deputados estaduais e um vice-governador. Todos empurrando com a barriga a falta de UTIs na cidade e tentanto ganhar a população no trololó indecente. Que me respeitem as telefonistas, enrolando a população com o gerúndio: estamos providenciando, estaremos resolvendo!!!

E as pessoas morrendo. Ontem já eram 121 os óbitos na cidade. Mesmo dia em que o governo informou a instalação de mais 10 UTIs em Gurupi que agora soma 42 UTIs.  E Porto no calvário dos sem hospital, sem médico e sem UTIs. Nada contra Gurupi. Mas em favor de Porto renegada.

O prefeito de Porto, Ronivon Maciel (que já dá mostras de não ter expertise para administrar a cidade no caos) informou ontem ao deputado Vicente Jr que o secretário de Saúde teria confirmado já estar trabalhando para 10 UTIs em Porto!!!

Poderia ter mandado as dez de Gurupi, que já tinha 32, para os portuenses. Mas não!! No que exprime e expoe a vontade política governamental para a população da cidade na pandemia.

Vicente tem sido adversário ferrenho de Mauro Carlesse. O parlamentar disse ontem ao blog que o governo estaria fazendo política com recurso público. Aliás, dias atrás, o governo fez circular nota refutando crítica de Vicentinho.

A prevalecer a ação do deputado federal (que é portuense), o parlamentar seria o único político com mandato a enfrentar o governo em favor de uma população sem UTIs e que deve alcançar nesta quinta os sete mil contaminados e passar dos 130 óbitos. Sem UTIs e ambulâncias, repito.

Para o parlamentar (que apresentou documentos ao blog) as UTIs que o governo teria anunciado ontem para Porto (o governo promete UTIs desde agosto de 2020) não são oriundas da vontade política do Palácio. E sim do governo federal.

O Ministério da Saúde autorizou (a pedido do parlamentar que tem posse dos documentos)a habilitação de dez UTIs para Porto, ao preço de R$ 1.600,00 a diária. Funciona assim: o governo contrata e implanta a UTI e o governo federal à habilita. Ou seja, autoriza e repassa o dinheiro para pagamento. Recurso federal e não estadual.

Repito: isto tudo acontecendo e sete deputados estaduais jogando cartas ou dominó como se os seus eleitores estivessem no mar da tranquilidade (não o da  lua, mas do mundo da lua), indiferentes à lei da gravidade que pode ser-lhes apresentada pela soberania do voto daqui a 18 meses!!!!!

Se o Covid-19 deixar eleitores para as urnas.

 

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