Há, entre os poderes, uma relação que parece resultar negativa para a população.
É explícita a precificação da segurança e estabilidade política entre Executivo, Legislativo e Judiciário.
Como apontei ontem, o Executivo se esforça para não deixar cair sua capacidade de pagamento. De outro modo: precisa poupar mais. Gastar menos.
Não executar isto, segue para o desequilíbrio fiscal com os resultados conhecidos no Estado. É o fluxo.
A pressão do Judiciário e do MPE, mais especificamente, no Legislativo e Executivo para aumentar no orçamento de 2025 o duodécimo acima da inflação e no limite da projeção de crescimento do PIB e das receitas, se tem sentido do ponto de vista das receitas, não o tem das despesas.
Seria razoável analisar que as despesas do Executivo aumentam conforme os problemas sociais de 1,5 milhão de pessoas. Saúde, educação, rodovias, segurança pública que estabelecem pressão em tempo real nos corredores dos hospitais e nas mortes nas estradas.
Dividir o superávit da arrecadação com poderes que são considerados atividades-meio pretextando igualdade de poderes é uma aberração.
Mas aí entra o custo da institucionalidade que se assemelha, grosso modo, a uma chantagem a que os poderes se submetem para não serem escrutinados uns a outros.